Banner Portal
Considerations on some aspects of the relationship between intrinsic and extrinsic time in two 4-year-old-children’s and one adult’s speech for duration in brazilian portuguese
PDF

Palavras-chave

Linguística.

Como Citar

GAMA-ROSSI, Aglael Juliana Aparecida. Considerations on some aspects of the relationship between intrinsic and extrinsic time in two 4-year-old-children’s and one adult’s speech for duration in brazilian portuguese. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 43, p. 127–142, 2011. DOI: 10.20396/cel.v43i0.8637153. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637153. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O trabalho tem como objetivo verificar as diferenças entre duas crianças de idade média de 4 anos e 5 meses e da professora delas na implementação do parâmetro acústico de duração. Crianças e professora são falantes do português brasileiro (PB) e foram gravadas num experimento de repetição de sentenças a partir de modelo fornecido pela pesquisadora. A duração tem se mostrado o principal parâmetro acústico na implementação do acento lexical no PB. Uma drástica redução dos segmentos acústicos em posição pós-tônica tem sido observada no contorno duracional da fala adulta. Entretanto, a literatura sugere, e os dados aqui apresentados vão nessa direção, que crianças abaixo de 6 anos ainda não reduzem tais segmentos como os adultos, principalmente devido ao processo, em curso, de maturação neuromotora. Os dados mostram como as duas crianças aqui estudadas implementam o contorno duracional do PB diferentemente da professora e também com diferenças entre elas, sendo que a questão é sempre como lidar com a redução dos segmentos acústicos nas posições não-acentuadas, a partir de suas capacidades neuromotoras quando da gravação. Com isso, põe-se em discussão a relação entre tempo intrínseco (ou da unidade dinâmica adotada na análise, o gesto articulatório) e tempo extrínseco (ou dos relógios no nível da sílaba e do sintagma ou frase entoacional que interagem com o tempo do gesto articulatório), considerando,para tanto, como as crianças implementam o parâmetro de duração no segmento, na palavra e no contorno duracional da sentença. É proposto que um relógio extrínseco no nível da frase é ajustado antes do relógio extrínseco no nível da sílaba, sem que seja necessário postular um relógio extrínseco no nível do acento lexical, uma vez que as palavras, principalmente na fala da criança menor aqui estudada, parecem estar sendo tratadas como frases entoacionais. Tudo isso pode ser acomodado num modelo dinâmico do ritmo como aquele proposto por Barbosa (2001).

https://doi.org/10.20396/cel.v43i0.8637153
PDF

Referências

BARBOSA, P.A. & BAILLY, G. (1994). Characterisation of rhytmic patterns for text-to-speech synthesis. Speech Communication, v.15, p.127-37.

BARBOSA, P.A. (1996). At least two macrorythmic units are necessary for modeling Brazilian Portuguese duration: emphasis on segmental duration generation. Cadernos de Estudos Lingüísticos, v.31, p.3353.

BARBOSA, P.A. (2001). Generating duration from a cognitively plausible model of rhythm production. In: Proceedings of the Seventh European Conference on Speech Communication and Technology (Eurospeech 2001). Aalborg, Danemark, September 3-7, v.2, 967-970.

BROWMAN, C. & GOLDSTEIN, L. (1985). Dynamic Modeling of Phonetic Structure. In: FROMKIN, V. A. (ed.) Phonetic Linguistics Essays in honor of Peter Ladefoged. Orlando, Academic Press.

BROWMAN, C. (1989). Articulatory gestures as phonological units. Phonology, v.6, p.201-51.

BROWMAN, C. (1990). Tiers in articulatory phonology, with some implications for casual speech. In: KINGSTON, J.; BECKMAN, M. E. (eds.) Papers in laboratory phonology I. Between the grammar and physics of speech. Cambridge, Cambridge University Press.

CÂMARA, J.M. (1969). Problemas de lingüística descritiva. 2.ed. Petrópolis, Vozes.

FOUGERON, C. & KEATING, P.A. (1997). Articulatory strengthening at edges of prosodic domains. Journal of the Acoustical Society of America, v.101, p.3728-40.

FOWLER, C. & SALTZMAN, E. (1993). Coordination and coarticulation in speech production. Language and Speech, v.36, p.171-95.

FRAISSE, P. (1974). La psychologie du rythme. Paris, Presses Universitaires de France.

GAMA-ROSSI, A.J.A. & ALBANO, E.C. (1996). Possible phonological influences on segment duration differences between adults and children: a pilot study. Poster presented at the Fifth Conference on Laboratory Phonology (LabPhon). Evanston, Northwestern University.

GAMA-ROSSI, A.J.A. (1999). Relações entre desenvolvimento lingüístico e desenvolvimento motor: A aquisição da duração no português brasileiro. Unpublished thesis. Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

KLATT, D. (1976). H. Linguistic uses of segmental duration in English: Acoustic and perceptual evidence. Journal of the Acoustical Society of America, v.59, p.1208-21.

MASSINI, G. (1991). A duração no estudo do acento e ritmo do português. Unpublished dissertation. Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

KENT, R. D. & FORNER, L.L. (1980). Speech segment durations in sentence recitations by children and adults. Journal of Phonetics, v.8, p.157-68.

MORAES, J.A. (1984). Recherches sur l'intonation modale du portugais brésilien parlé à Rio de Janeiro. Analyse acoustique, perceptive et fonctionnelle. Unpublished thesis. Université de la Sorbonne Nouvelle Paris III, Paris.

NESPOR, M. & VOGEL, I. (1986). Prosodic Phonology. Dordrecht, Foris Publications.

PORT, R.; CUMMINS, F. & GASSER, M. (1995). A dynamic approach to rhythm in language toward a temporal phonology. In: DAINOR, A.; HEMPHILL, R.; LUKA, B.; NEED, B. and PARGMAN, S. (eds.) Papers from the 31th Meeting of the Chicago Linguistic Society. Chicago, Chicago Linguistic Society.

SMITH, B. (1994). Effects of experimental manipulations and intrinsic contrasts on relationships between duration and temporal variability in children's and adult's speech. Journal of Phonetics, v.22, p.15575.

O periódico Cadernos de Estudos Linguísticos utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.