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Imagens de si na tela do cinema: reflexões sobre o Ethos Fílmico
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Palavras-chave

Ethos. Discurso Fílmico. Ficção.

Como Citar

ALVES, Carolina Assunção e. Imagens de si na tela do cinema: reflexões sobre o Ethos Fílmico. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas, SP, v. 55, n. 2, p. 67–84, 2013. DOI: 10.20396/cel.v55i2.8637291. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637291. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Uma das funções do discurso fílmico, assim como dos outros tipos de discurso, é causar um determinado impacto sobre o público, ou seja, ele é portador de alguma dimensão argumentativa. Para isso, a instância de produção emprega estratégias dentre as quais é possível verificar a presença das provas retóricas. Uma delas é o ethos, que implica a construção de uma ou mais imagens de si por parte do enunciador, a fim de obter a adesão pretendida. No caso do filme narrativo de ficção, as circunstâncias determinantes da troca comunicativa chamam atenção para certas particularidades: a linguagem cinematográfica, o star system, os aspectos comerciais e dramáticos, as identidades envolvidas dentro e fora do mundo ficcional. O objetivo deste artigo é refletir sobre as possíveis configurações do ethos nesse gênero discursivo específico, com base principalmente nas categorias estabelecidas por Amossy (2006) e sob a perspectiva da teoria semiolinguística de Charaudeau (2001). A fim de poder melhor visualizar a aplicação das ideias propostas, será realizada uma análise do ethos no filme O Poderoso Chefão II (The Godfather Part II, 1974), de Francis Ford Coppola.
https://doi.org/10.20396/cel.v55i2.8637291
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Referências

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Alves – Imagens de si na tela do cinema: Reflexões sobre o Ethos Fílmico

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