Resumo
O presente artigo discute o conceito de mimesis performativa, sobretudo a partir de uma leitura critica das reflexões de Michael Fried e de Luiz Fernando Ramos quem cunhou o termo para o contexto brasileiro. Tece considerações sobre a configuração das dimensões semânticas e performativas do fenômeno teatral contemporâneo e refuta concepção de performatividade não-referencial, mas também critica a posição antiteatral de Fried. Por fim, argumenta que a mimesis performativa constitui uma ação de mediação entre singularidade artística e contexto social no interior do fenômeno cênico.
Referências
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