Resumo
O artigo aborda a necessidade de desenvolvermos novas formas de compreensão e ação no campo artístico para enfrentar a complexidade das crises que vivemos no Brasil e no mundo. Retomo as visões de Artaud sobre a peste e o teatro, aproximando-as do discurso dos xamãs ameríndios sobre as epidemias, a violência do processo colonial e a importância dos ritos. Reconheço nas artes performativas um campo de elaboração de uma ecologia dos saberes e de reinvenção das formas de vida em comum.
Referências
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