Resumo
A necropolítica, uma forma de governamentalidade neoliberal, assume a forma do poder dissolutivo dos corpos, democratizando o “poder de matar”, hoje todos podemos fazê-lo. Estamos cercados pela gestão da morte, gerencia-se qual corpo morre e como ele morre. Essa forma de processar os corpos individuais está diretamente relacionada com a dissolução do corpo social, um espaço vital para a política como polemos, que agora se instala como uma possibilidade de “contágio coletivo”. O corpo social é sujeito político somente enquanto poder de contágio ou portador do impulso da morte. A necropolítica que impõe o “isolamento” como um dispositivo do governo, como controle e administração da saúde, instala um argumento sensível e complexo na “blindagem” necessária da própria vida como condição e resseguro da higiene e da saúde coletiva.
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