Resumo
Diante dos desafios ao corpo e ao planeta na era do Antropoceno, uma outra cosmopolítica da cena é possível? Esse artigo traz a Antropofagia como contraponto para propor um perspectivismo artístico, nos termos do perspectivismo ameríndio delineado por Viveiros de Castro. Os contornos de “antropo-cena” são articulados à ações performativas do Projeto Technologically Expanded Performance (TEPe) composto por um grupo de artistas e pesquisadores situados em dois continentes e uma ilha atlântica.
Referências
ANDRADE, Oswald. A utopia antropofágica. São Paulo: Globo, 2011.
ANTUNES, Rui Filipe; TÉRCIO, Daniel; BORDALO E SÁ, Sérgio. Sincroni-cidades: Um Percurso partilhado em confinamento. Universidade do Minho: Guimarães. 2020.
BARCELOS, Eduardo Álvares da Silva. Antropoceno ou Capitaloceno: Da simples disputa semântica à interpretação histórica da crise ecológica global. In: Revista Iberoamericana de Economia Ecológica. v. 31, n. 1: 1-17, 2019. Disponível em: https://redibec.org/ojs/index.php/revibec/article/view/356/222. Acesso em: 14 out. 2021.
DANOWSKI, Déborah e VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há um mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis: Desterro, 2014.
DELEUZE, Gilles. Cursos sobre Spinoza (Vincennes, 1978-1981). Fortaleza: EdUECE, 2009.
FABRINI, Verônica. Sul da cena, sul do saber. In: Revista Moringa, artes do espetáculo, João Pessoa, 4(1), p. 11-25, 2013.
GONÇALVES, Thaís. Dança-mundo: uma composição de corpos, histórias e processos educacionais. Caderno pedagógico, Lajeado, v. 8, n. 1, p. 7-22, 2011.
GONÇALVES, Thaís. (Thaís Gonçalves Rodrigues da Silva). Sensorialidades antropofágicas: saberes do sul na dança contemporânea. Tese (Doutorado em Artes, Co-tutela) – Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa, Lisboa e Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2018.
KRENAK, Ailton, Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LEFEBVRE, Henri. Rhythimanalysis: space, time and everyday life. London/New York: Continuum, 2004.
PELBART, Peter Pál. A vida desnuda. In: GREINER, Christine e AMORIN, Claudia (Orgs), Leituras da Morte. São Paulo: Annablume, 2007.
ORTEGA Y GASSET, José. A desumanização da arte. São Paulo: Cortez, 2008.
SUQUET, Annie. CENAS – O corpo dançante: um laboratório da percepção. In: COURTINE, Jean-Jacques (Dir.). História do Corpo: As mutações do olhar. O século XX (vol. 3). (509-539). Petrópolis: Editora Vozes, 2008.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas canibais: Elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Que tempos nós com isso? (Prefácio). In: AZEVEDO, Beatriz. Antropofagia – Palimpsesto selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2016.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Conceição/Conception