Resumo
Por que é tão difícil mobilizarmo-nos contra as alterações climáticas que representam um perigo iminente e radical para a humanidade? Este artigo analisa o círculo vicioso entre a indiferença perante as alterações climáticas e a procura da felicidade proposta pelo consumismo e a ganância capitalista. A consciência ecológica que se está a formar contra este estado de coisas. Cada vez é mais visível que a solução dos problemas locais depende da solução global. Para lutar contra os poderes político-económicos que estão a destruir o planeta, é preciso acreditar que um outro mundo é possível. Como caracterizar esta crença na Terra, que não é nem religiosa nem científica, nem ideológica? Por quantas mutações já ela passou e terá de passar? O outro mundo é afinal este mesmo – a Terra -, e é aqui mesmo, na urgência máxima da vida, que encontraremos as razões que temos de nos dar. Acreditar no mundo é acreditar no corpo.
Referências
ARTAUD, Antonin. Van Gogh o suicidado pela sociedade. Rio de janeiro: Achiamé, 1990.
DELEUZE, Gilles. Empirisme et subjectivité. Paris: PUF, 1953.
DELEUZE, Gilles. A imagem-Tempo. Lisboa: Assírio & Alvim, 2006.
DELEUZE, Gilles; Guattari, Félix. O que é a Filosofia?. Lisboa: Presença, 1992.
DUCHAMP, Marcel. Duchamp du signe. Écrits. M. Sanouillet e E. Peterson (Eds.), Paris : Flammarion, 1975.
LATOUR, Bruno. L’espoir de Pandore. Pour une version réaliste de l’activité scientifique. Paris: La Découverte, 2007.
PESSOA, Fernando. Poemas de Alberto Caeiro. Lisboa: Ática, 1987.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Conceição/Conception