Resumo
Objetivo: Com a finalidade de problematizar a articulação entre brincadeira e gênero buscamos neste artigo reconhecer como as questões de gênero circulam no momento do brincar ocorridas durante o recreio escolar. Método: Para este objetivo foi realizada uma análise comparativa a partir de registros de observação participante de casos estudados na Argentina e no Brasil, onde crianças de idades semelhantes vivenciam e negociam diversos sentidos atribuídos ao gênero em sua experiência do brincar. Resultados: Os resultados evidenciam dois argumentos que este texto recupera: 1- no brincar durante o recreio escolar, as brincadeiras dos meninos e das meninas, circulam sentidos invisibilizados em torno ao gênero. 2- os meninos e meninas se apropriam de brincadeiras e dos espaços para brincar de maneira generificada. Conclusão: Concluímos que meninas e meninos ora brincam juntos ora separados, atribuindo diferentes sentidos, assim como, eles/elas se apropriam das brincadeiras de maneira generificada.
Referências
DENZIN Norman; LINCOLN, Yvonna (Ed.). Handbook of qualitative research. Sage Publications. London. 1994.
FAINHOLC, Beatríz. Introducción a la Sociología de la Educación. Hvmanitas. Buenos Aires. 1979.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade – a vontade de saber, v. I, 16. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2005.
GALAK, Eduardo; GAMBAROTTA, Emiliano. Cuerpo, educación y política: tensiones epistémicas, históricas y prácticas. Buenos Aires, Argentina: Biblos. 2005.
GLASER, Barney; STRAUSS, Anselm. The discovery of grounded theory strategies for qualitative research. Caps. III, IV y V. Aldine publishing company. New York. 1967.
KUHLMANN, Moysés. Infância e Educação Infantil: uma abordagem histórica. Mediação. Porto Alegre. 2001.
LESBEGUERIS, Mara. ¡Niñas jugando!: ni tan quietas ni tan activas. Buenos Aires, Argentina: Biblos. 2014.
LOURO, Guacira Lopes. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 1999.
LOURO, Guacira. Pedagogias da Sexualidade In: LOURO, Guacira. O Corpo Educado: Pedagogias da sexualidade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000: pp. 7-34.
MANTILLA, Lucía. Juego y jugar: ¿Un camino unilineal y sin retorno? Estudios sobre cultura contemporánea. Universidad de Colima, México, v. 4, n. 12, p. 101-123, 1991.
MAUS, Marcel. Manual de etnografía. Buenos Aires, Argentina: Fondo de Cultura Económica. 2006.
MENDEZ, Laura; SCHARAGRODSKY, Pablo. La generización de los cuerpos en perspectiva histórica: una mirada desde las prácticas corporales de las mujeres. Revista Lúdica pedagógica, n. 25, p. 47-60, 2017. Disponible en: https://revistas.pedagogica.edu.co/index.php/LP/article/view/7021. Acceso en: 2020.
MEYER, Dagmar Elisabeth Estermann. Gênero e educação: teoria e política. In: LOURO, Guacira Lopes; FELIPE, Jane Neckel; GOELLNER, Silvana Vilodre (Orgs.). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2003. p. 9-27.
MOORE, Robin. Espacios de juego para todos. Perspectivas internacionales. El juego, necesidad, arte, derecho. Asociación Internacional por el Derecho del Niño a Jugar (AAVV). Buenos Aires, Argentina: Bonum, 1996. p. 11-26.
PAVÍA, Víctor. El patio escolar: el juego en libertad controlada. Un lugar emblemático. Territorio de pluralidad. Buenos Aires, Argentina: Noveduc. 2005.
RIVERO, Ivana. El juego desde la perspectiva de los jugadores: una investigación para la didáctica del jugar en educación física. Tesis (Doctorado en Ciencias de la Educación), Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación, Universidad Nacional de La Plata, La Plata, 2011. Disponible en: www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/tesis/te.901/te.901.pdf. Acceso en: 2020.
RIVERO, Ivana. El juego desde los jugadores. Huellas en Huizinga y Caillois. En Enrahonar. Quadernos de Filosofia 56, 2016 49-63. Disponible en: http://dx.doi.org/10.5565/rev/enrahonar.663. 2016. Acceso en: 2020.
SCHARAGRODSKY, Pablo (Comp.). Miradas médicas sobre la cultura física en Argentina 1880-1970. Buenos Aires, Argentina: Prometeo. 2014.
SCHEINES, Graciela. Los juegos de la vida cotidiana. Eudeba. Buenos Aires. 1985.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de Análise Histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-79, jul./dez. 1995. Disponible en: https://www.seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/viewFile/71721/40667. Acceso en: 2021.
STAKE, Robert. Investigación con estudio de casos. Morata. Madrid. 1994.
STIGGER, Marco. Lazer, cultura e educação: possíveis articulações. Revista RBCE. V.30.n. .2. 2009. Disponible en: http://revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/437/353. Acceso en: 2021.
STRAUSS. Anselm; CORBIN, Juliet. Bases de la investigación cualitativa. Técnicas y procedimientos para desarrollar la teoría fundamentada. Contus. Universidad de Antoquia. Colombia, 2002.
WENETZ, Ileana. Gênero e sexualidade nas brincadeiras do recreio. 2005. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano) – Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Escola de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.
WENETZ, Ileana. Presentes na escola e ausentes na rua: brincadeiras de crianças marcadas pelo gênero e pela sexualidade. 2012. Tese (Doutorado em Ciências do Movimento Humano) – Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Escola de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Ileana Wenetz, Ivana Verónica Rivero