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A pedagogia industrial da FIEMG: um estudo sobre o pensamento empresarial a partir da Revista Vida Industrial (1961-1974)
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Palavras-chave

Formação Humana. Pensamento Empresarial Mineiro. Pedagogia Industrial. FIEMG. Revista Vida Industrial

Como Citar

REIS, Jane Maria dos Santos. A pedagogia industrial da FIEMG: um estudo sobre o pensamento empresarial a partir da Revista Vida Industrial (1961-1974). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 13, n. 53, p. 445–445, 2014. DOI: 10.20396/rho.v13i53.8640222. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640222. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

A presente pesquisa resulta dos estudos e debates, inerentes ao processo de doutoramento em Educação pelo Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia, pertencente à Linha de Pesquisa “Políticas e Saberes em Educação”. Esta tese objetiva problematizar o sentido contraditório da educação enquanto formação humana histórica, especificamente sob a lógica educacional representativa do empresariado industrial associado à FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) no contexto de 1961 a 1974. Esta delimitação histórica se justifica pelo fato de se tratar de um período, marcado pelas crises cíclicas do capital e seus respectivos impactos na fase final do processo de industrialização no Brasil: inicia-se com um dos ápices do crescimento econômico no país, impulsionado pelo nacional desenvolvimentismo, prossegue com uma severa crise política em 1966, impactando também na esfera econômica e por fim, com a constante busca pela estabilidade econômica que mesmo sob altos preços, eclodem os fatores que conduziram a economia brasileira para o contexto do “Milagre Econômico”. Para isso, fez-se necessária a articulação do debate entre educação e trabalho sob a perspectiva do materialismo histórico dialético e seus respectivos subsídios teórico-metodológicos e epistemológicos. No primeiro capítulo, foi elaborado um “estado da arte” da categoria “formação humana”, pensada enquanto processo educacional e histórico, a partir dos pressupostos marxistas, visando a reconstrução de conceitos e significados do que consiste a formação de trabalhadores na lógica contraditória, pelo viés da formação integral e pela perspectiva da acumulação de capital. Em seguida, no segundo capítulo, foi elaborada uma análise acerca da industrialização, do empresariado industrial e sua perspectiva de desenvolvimento de 1961 a 1974. No terceiro capítulo, foi estabelecida uma contextualização acerca do Estado e suas peculiaridades, do empresariado industrial e sua proposta de desenvolvimento tanto no âmbito nacional quanto no âmbito estadual (Minas Gerais). Por fim, no quarto capítulo, foi organizado o diálogo com as fontes, a partir de um levantamento histórico das ações do empresariado industrial com ênfase na educação, que convergiram na consolidação de uma Pedagogia Industrial em consonância com a conjuntura econômica e política específica do período de 1961 a 1974. Trata-se de discussão bibliográfica que tem como referência o pensamento empresarial expresso na concretude da formação dos trabalhadores da e para a indústria de Minas Gerais, em consenso com as demandas de trabalho e de formação das empresas mineiras. A tese desse estudo consiste na defesa que as ações empresariais que constituíram a Pedagogia Industrial, estavam articuladas às concepções políticas e econômicas do desenvolvimento no Brasil, visto que o disciplinamento para o trabalho imposto por tais concepções atendia à formação humana do trabalhador voltada para a acumulação do capital em geral e do capital industrial em específico. Estabelecem-se, portanto, diferentes lógicas, do âmbito estatal, do âmbito do capital privado estrangeiro e do capital privado nacional, que veio intensificar o processo de acumulação do capital, carregando, contraditoriamente, as possibilidades de se construir a formação humana para além do capital, ou para uma pedagogia do trabalho.

https://doi.org/10.20396/rho.v13i53.8640222
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