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Afirmação étnica e educação escolar indígena do povo Munduruku de Marituba (Belterra-Pará)
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Palavras-chave

Educação indígena. Recriação de identidade. Escola diferenciada

Como Citar

COLARES, Anselmo Alencar. Afirmação étnica e educação escolar indígena do povo Munduruku de Marituba (Belterra-Pará). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 13, n. 50, p. 99–122, 2013. DOI: 10.20396/rho.v13i50.8640297. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640297. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

O artigo trata de educação escolar indígena na Aldeia de Marituba (Município de Belterra,Pará), constituída por cerca de trinta famílias que reivindicam a demarcação de suas terras,após terem sido praticamente expulsas de onde moravam durante a criação da FlorestaNacional do Tapajós. Considerando que a Constituição Federal, a LDB e vários outrosdispositivos legais garantem a educação diferenciada para os indígenas, buscou-se entendera concretização deste direito para um grupo que precisou recriar sua identidade, apósdécadas de quase total integração com a cultura não indígena, num processo intencional deaculturação dos indígenas à vida regional. Na luta pela permanência em suas terras, osmembros da comunidade tiveram outros aprendizados, entre os quais o de que poderiamser reconhecidos como indígenas, tais como seus antepassados da etnia Munduruku. Apesquisa foi realizada a partir de visitas in loco, quando se realizaram rodas de conversacom membros da comunidade e, depois, aplicação de um instrumento de coleta deinformações mais específicas para os alunos indígenas. Os resultados demonstram que aescola existente, apesar de considerada indígena pela Secretaria Municipal de Educação epela Secretaria Estadual de Educação, de fato não atende aos requisitos essenciais quecaracterizam esta modalidade de ensino.
https://doi.org/10.20396/rho.v13i50.8640297
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