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A política educacional brasileira e as diretrizes do programa educação para todos: notas críticas
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Palavras-chave

Educação para Todos. Educação para Todos. Crise estrutural do capital. Função social da escola

Como Citar

SANTOS, Deribaldo dos; SEGUNDO, Maria das Dores Mendes; FREITAS, Maria Cleidiane Cavalcante; LIMA, Tayanna Vieira. A política educacional brasileira e as diretrizes do programa educação para todos: notas críticas. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 14, n. 59, p. 152–165, 2015. DOI: 10.20396/rho.v14i59.8640353. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640353. Acesso em: 1 maio. 2024.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar as influências das diretrizes do programa Educação para Todos (EPT), imposto pelos organismos internacionais como política educacional nos países periféricos, como o Brasil. Nestes termos, investigamos documentos e declarações impostas pelas agências multilaterais, em congressos, fóruns de EPT, a partir de 1990, para refletir a função social da educação e da escola, em meio a crise do capitalismo contemporâneo, entendida por IstvánMészáros, como de caráter estrutural. Tomando como base a perspectiva de formação omnilateral, prescrita por Karl Marx, compreendemos que as determinações e o monitoramento dos organismos internacionais por meio de políticas educacionais nos países pobres, atrelam ao ideário de uma Educação para Todos, porém se restringem à educação básica, como a única possível à classe trabalhadora, tornando-se, desse modo, uma estratégia ideológica e econômica do capital em crise estrutural.

 

https://doi.org/10.20396/rho.v14i59.8640353
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