Resumo
Nas últimas décadas, o modelo de educação profissional no Brasil tem passado por reestruturações em sua pedagogia, na tentativa de redirecionar o modelo tradicional de qualificação e conceber uma renovada formação para o trabalho. A atual proposta pedagógica visa atender ao máximo a demanda do mercado de trabalho e passa a adotar para o ensino neologismos como empregabilidade, competência, polivalência, competitividade e trabalho em equipe. Em um contexto de reestruturações produtivas, surge a pedagogia da competência, destinada a educar futuros trabalhadores de acordo com os parâmetros da produção capitalista.
Referências
ADORNO, T. W. Epilegômenos dialéticos. In: Palavras e Sinais. Petrópoles: Vozes. 1995.
CRUZ, R. M. Formação profissional e formação humana: os (des) caminhos da relação homem-trabalho na modernidade. In: AUED, B. (org.). Educação para o (des)emprego. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
DEWEY, J. Educação e Experiência. São Paulo: Editora Nacional, 1971.
GOMES, H. O fetiche da pedagogia da competência na educação profissional. 2007. 211f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2007.
GRAMSCI, A. Os intelectuais e a organização da cultura. 3.ed. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
JAMES, W. Pragmatismo. In: Willians James. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
KLOVDAHL. A. Racionalismo científico. In: BOTTOMORE, T. Dicionário do pensamento social do século XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.
KUENZER, A. Competência como Práxis: Os dilemas da relação entre teoria e prática na educação dos trabalhadores. Boletim técnico do SENAC, Rio de Janeiro. V.30, n.3, set.dez. 2004.
KUENZER, A. Pedagogia da fábrica: as relações de produção e a educação do trabalhador. São Paulo: Cortez, 1995.
LOMBARDI, J. Educação, ensino e formação profissional em Marx e Engels. In:
LOMBARDI, J. Marxismo e educação: debates contemporâneos. Campinas: Autores Associados:HISTEDBR, 2005.
MARTINS, L. M. Da formação humana em Marx à crítica da pedagogia das competências. In: DUARTE, N. (org.). Crítica ao fetichismo da individualidade. Campinas: Autores Associados, 2004.
MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Ciências Humanas, 1979.
PETROVIC, G. Práxis. In: BOTTOMORE, T. Dicionário do Pensamento Marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
RORTY, R. Conseqüências do pragmatismo. Lisboa: Instituto Piaget, 1982.
SARAIVA, S.; MASSON, M. Competência, qualificação e avaliação: observações sobre práticas pedagógicas e educação profissional. Boletim técnico do SENAC, Rio de Janeiro, V.29, n.2, mai/ago. 2003.
SAVIANI, D. História das idéias pedagógicas no Brasil.Campinas: Autores Associados, 2007.
SAVIANI, D. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In: FERRETTI et al. Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. 7. ed. Petrópoles: Vozes, 1994.
SEMERARO, G. Filosofia da práxis e (neo) pragmatismo. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro, n. 29, mai/ago, 2005. disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141324782005000200003. Acesso em: 17 de abril de 2007.
A Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.