Resumo
O texto tem como objetivo localizar a formação humana nas relações sociais que engendram a disputa entre as tendências formativas que se materializam na contradição entre unilateralidade e omnilateralidade. Neste artigo, a partir do referencial teórico-metodológico materialista histórico dialético debatemos como a tendência formativa unilateral, alienada, é enclausurada pelas relações de produção capitalistas que impedem a possibilidade de desenvolvimento de todas as capacidades humanas. Destarte, a crítica marxiana às bases de desenvolvimento da formação no capitalismo e a defesa do projeto histórico socialista - cujas relações sociais de produção deixarão de ser entrave e possibilitarão o livre desenvolvimento das forças produtivas - apresentam-se como fundamento necessário para a alteração da essência da formação humana, ou seja: urge defender a transição do modo capitalista de produção para o modo socialista de organização da vida, pois, somente quando os homens forem senhores de sua própria história, seu processo de humanização se objetivará em todas as suas potencialidades.
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