Resumo
A existência de uma escola nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é anterior à fundação da sede física da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em janeiro de 2005, e está vinculada ao desenvolvimento do MST como um movimento de dimensões nacionais. Nesse artigo apresentamos alguns aspectos históricos da fundação dessa escola, dos seus primórdios nos anos 1980/1990 até o período de consolidação e desenvolvimento em Guararema/SP, resultantes do projeto de pesquisa coletivo intitulado “Concepções teórico-práticas de educação e trabalho no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)”, financiado pelo CNPq e coordenado pelo Grupo de Pesquisa “Organizações e Democracia”, da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp, campus de Marília. Com relação ao objeto em foco, buscou-se apreender em que medida o MST pôs em prática a “pedagogia do movimento” para “ocupar” o nível superior de ensino. As principais conclusões do estudo indicam que a estratégia prioritária do movimento tem sido a de obter espaços e influência no sistema de ensino regular, secundarizando a perspectiva de construir uma escola superior própria, autônoma e voltada exclusivamente aos interesses do MST.
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