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Educar e ensinar na pedagogia marxista: a formação da segunda natureza
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Palavras-chave

Educar. Segunda natureza. Pedagogia marxista

Como Citar

ZANELLA, José Luiz. Educar e ensinar na pedagogia marxista: a formação da segunda natureza. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 11, n. 41e, p. 116–134, 2012. DOI: 10.20396/rho.v11i41e.8639899. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639899. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar algumas contribuições da pedagogia marxista para a explicação do problema da “falta de limites” dos alunos da educação básica.  Analisa que a falta de limites não é uma decorrência da natureza humana; ao contrário, mostra que não há uma natureza humana, fixa, eterna. O homem não nasce homem, torna-se homem e seu ser é uma formação histórica, produzida pelo trabalho e educação. Para formar o aluno concreto há a necessidade de um processo educativo que tem, na formação para o trabalho concreto, sua centralidade. Educar é um aprendizado que requer, na primeira fase de desenvolvimento da criança, a disciplina externa para a formação dos hábitos que, uma vez fixados, constituirão a segunda natureza.  A partir desse processo, na segunda fase, passa-se do automatismo à liberdade, resultando numa disciplina interna em que “autodisciplina intelectual e autonomia moral” formam o caráter. Por fim, mostra que ensino é educação, explicitando aí a concepção marxista de educação na formação do homem omnilaterial que, para realiza-se concretamente necessita lutar pela superação da sociedade capitalista e por uma educação para além do capital.

https://doi.org/10.20396/rho.v11i41e.8639899
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