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Escola pública em Minas Gerais: gênese do Grupo Escolar Ildefonso Mascarenhas da Silva (anos 1940–50)
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Palavras-chave

Educação. Economia. Modelo escolar. Alfabetização

Como Citar

RIBEIRO, Betânia de Oliveira Laterza; LIMA, Valéria Aparecida de; QUILLICI NETO, Armindo. Escola pública em Minas Gerais: gênese do Grupo Escolar Ildefonso Mascarenhas da Silva (anos 1940–50). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 13, n. 51, p. 323–340, 2013. DOI: 10.20396/rho.v13i51.8640280. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640280. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

O primeiro grupo escolar de Ituiutaba (MG) começou a funcionar em 1910; o segundo, em 1947. Como esse meio-tempo foi de expansão nacional da educação pública, a diferença de 37 anos suscita vários questionamentos. Por exemplo: por que esse município formalizou o primeiro grupo escolar em 1908 — quando sua economia era inexpressiva — e o segundo em 1947 — quando sua economia se projetava no estado e no país? Este estudo problematiza historicamente a criação do grupo escolar Ildefonso Mascarenhas nessa relação entre educação (precária) e economia (ascendente), sem se furtar aos aspectos políticos e sociais que permeiam tal relação. As fontes dessa problematização abrangem dados demográfico-estatísticos, imprensa escrita, relatos orais e fotografias, analisados interpretativamente. Dentre outros achados, os resultados sugerem que a criação da escola resultou menos da ação de políticos, e mais do esforço de sujeitos ligados diretamente à educação; e que o papel do Estado se restringiu mais à formalização legal da escola do que a seu funcionamento cotidiano. Ao discutir essas questões, este estudo buscou ampliar a escrita de uma história-problema da educação no país, sobretudo da tentativa de massificar a alfabetização pela difusão de um modelo escolar como política pública.

https://doi.org/10.20396/rho.v13i51.8640280
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