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A ideologia do empreendedorismo e da inovação nas universidades públicas brasileiras na fase do capital financeiro / monopolista
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Palavras-chave

Educação superior. Produção científica. Ciência e inovação.

Como Citar

RAMOS JUNIOR, Armenes de Jesus; TURMENA, Leandro; NUNES, Sidemar Presotto; ANDRADE, Zinara Marcet de. A ideologia do empreendedorismo e da inovação nas universidades públicas brasileiras na fase do capital financeiro / monopolista. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 18, n. 4, p. 1109–1129, 2018. DOI: 10.20396/rho.v18i4.8652034. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8652034. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Analisa-se a ideologia do empreendedorismo de forma a compreender as consequências da apropriação dessa noção do “acadêmico-empreendedor”, na tentativa de imitar o padrão norte-americano e europeu de pesquisa e desenvolvimento. No atual contexto do domínio do capital financeiro, a pesquisa e o desenvolvimento são realizados quase que totalmente nos países-sede das empresas imperialistas, resultando que os investimentos por parte destas empresas são muito baixos nos países semicoloniais, como é o caso do Brasil. Os resultados perversos deste modelo são notados até mesmo nos países centrais do capitalismo. Assim, sob o manto da ideologia da inovação e de uma pesquisa supostamente engajada, o “acadêmico-empreendedor” passa a orientar sua atividade profissional pela máxima captação de recursos de fontes privadas e o patenteamento de pequenos inventos, na tentativa de se viabilizar enquanto pesquisador ou “extensionista-empreendedor”, no contexto da expansão da educação superior no Brasil.

https://doi.org/10.20396/rho.v18i4.8652034
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