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A centralidade do trabalho na determinação da mobilidade territorial dos trabalhadores rurais
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Palavras-chave

Trabalho. Mobilidade. Expropriação. Rural

Como Citar

ALVES, Ana Elizabeth Santos; ALMEIDA, Miriam Cléa Coelho. A centralidade do trabalho na determinação da mobilidade territorial dos trabalhadores rurais. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 14, n. 55, p. 250–266, 2014. DOI: 10.20396/rho.v14i55.8640473. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640473. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Esse artigo trata da centralidade do trabalho na determinação da mobilidade territorial dos trabalhadores. Para tanto, se utiliza das contribuições teóricas de autores marxistas acerca da relação metabólica homem/natureza no processo de humanização e as metamorfoses dessa relação com o trabalho produtivo para fins de valorização do capital. O conceito de “mobilidade do trabalho” foi fundamentado em Gaudemar (1977) que oferece uma densa análise sobre as vinculações dos deslocamentos territoriais com a ampliação da produtividade e lucratividade. A mobilidade do trabalho nesses termos ocorre pari passu com a mobilidade do capital e, nesse sentido, é controlada e dominada pelos mediadores do capital. Essa discussão teórica vem entrelaçada com as análises do papel da educação na formação do trabalhador para o trabalho produtivo e da realidade da mobilidade do trabalho no Brasil e, mais especificamente, com a mobilidade dos trabalhadores no Sudoeste baiano e no Planalto conquistense. Esse esforço permitiu entrever as implicações “invisíveis” da mobilidade territorial do trabalho no sentido campo - cidade em Vitória da Conquista, marcadas nas histórias de vida de mulheres e homens migrantes.

https://doi.org/10.20396/rho.v14i55.8640473
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