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Neoprodutivismo e amesquinhamento da formação docente
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Palavras-chave

Formação de professores. Banco Mundial. Política educacional. Educação básica

Como Citar

RODRIGUES, Melânia Mendonça. Neoprodutivismo e amesquinhamento da formação docente. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 15, n. 65, p. 128–140, 2015. DOI: 10.20396/rho.v15i65.8642701. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8642701. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

Decorrente da pesquisa nacional “A formação para o trabalho simples no Brasil contemporâneo: da Educação para todos ao Todos pela Educação”, desenvolvida pelo Coletivo de Estudos em Política Educacional, o artigo se volta ao objetivo de analisar, no âmbito das políticas educacionais implementadas no Brasil nas últimas três décadas, as políticas de formação de professores para a educação básica, entendendo-os como intelectuais orgânicos da formação para o trabalho simples. Desse objetivo mais geral, aqui se destacam as diretrizes e propostas do Banco Mundial para essas políticas, abordando, mais detidamente, a última publicação desse organismo sobre a matéria. A análise do documento demonstra continuidades, nos anos 2000, nas propostas do BM para a formação docente formuladas nos anos 1990: lógica economicista, concepção aligeirada da formação, com um caráter nitidamente instrumental. Por outro lado, aponta o agravamento das ameaças de a formação universitária ser substituída por “rotas alternativas” ou “programas de imersão” ou, no limite, pela certificação, por meio de provas de ingresso no magistério, permitindo atrair profissionais de outras áreas para curtos períodos de exercício profissional como professores.

https://doi.org/10.20396/rho.v15i65.8642701
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