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Omnilateralidade e as concepções burguesas de educação integral
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Palavras-chave

Educação Integral. Omnilateralidade. Individualidade para-si

Como Citar

SILVA, Paulo Aparecido Dias da. Omnilateralidade e as concepções burguesas de educação integral. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 15, n. 65, p. 218–227, 2015. DOI: 10.20396/rho.v15i65.8642706. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8642706. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

O trabalho tem por objetivo discutir, a partir de uma pesquisa bibliográfica, o conceito de omnilateralidade na perspectiva marxista em contraposição às concepções burguesas de educação integral difundidas no âmbito da educação básica brasileira. A partir dos aportes teóricos de Marx e Engels (1987; 2004; 2007), Saviani (2010; 2013), Duarte (1999; 2008; 2010), Pistrak (2003; 2009) e Lombardi (2010) busca-se demonstrar os limites das concepções burguesas de educação integral tendo em vista a não consideração dos determinantes sociais e econômicos no interior do modo de produção capitalista que impedem o livre desenvolvimento da individualidade humana e impossibilitam a apropriação dos conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade por todos os indivíduos. Desta forma, a educação no âmbito da sociedade capitalista, está reduzida a uma formação unilateral objetivando reproduzir o estado de coisas vigente nesta mesma sociedade. No entanto, cabe destacar que esse processo ocorre de forma contraditória tem em vista que a apropriação de conhecimentos científicos no interior do modo de produção capitalista possibilita a intervenção revolucionária na realidade.

https://doi.org/10.20396/rho.v15i65.8642706
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