Banner Portal
Panorama dos estudos linguísticos no Tumucumaque
PDF

Palavras-chave

Tumucumaque
Línguas Karib
Multilinguismo

Como Citar

GOMES, Antonio Almir Silva; FERREIRA, Iohana Victoria Barbosa. Panorama dos estudos linguísticos no Tumucumaque. LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 20, n. 00, p. e020016, 2020. DOI: 10.20396/liames.v20i0.8660797. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/8660797. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Tumucumaque é nome que refere duas áreas geográficas ao norte do Brasil, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e o Parque Indígena do Tumucumaque. O Parque Indígena do Tumucumaque, segundo o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (IEPÉ), “...é constituído pelas Terras Indígenas Parque do Tumucumaque e Paru D’Este, situadas, em sua maior parte, no Estado do Pará, e em uma pequena faixa no Estado do Amapá”. Juntas, as Terras Indígenas Parque do Tumucumaque e Paru D’Este, segundo o IEPÉ, formam o Complexo do Tumucumaque; lar das populações indígenas falantes das línguas Karíb: Apalai, Kaxuyana, Tiriyó, Wayana e Xikiyana. Nesse contexto, a língua Xikiyana possui um pequeno grupo de falantes; adicione-se a língua Akurió lembrada por pequeno grupo que vive atualmente entre populações Tiriyó. Essas populações e línguas geram contextos multilíngues ricos de possibilidades de estudos linguísticos. Assim, o objetivo do presente texto consiste em apresentar um panorama dos estudos linguísticos realizados acerca das línguas do Tumucumaque; com isso, chamar a atenção para sua natureza multilíngue, bem como sistematizar informações (linguísticas) disponíveis sobre as mesmas línguas. Com o conjunto de objetivos, interessa-nos, ao final projetar distintas direções relacionadas a possibilidades de estudos linguísticos dessa área.

 

https://doi.org/10.20396/liames.v20i0.8660797
PDF

Referências

Camargo, Eliane (1996). Aspects de la phonologie du wayana. AMERINDIA 21: 115-136.

Camargo, Eliane; Riviere, Hervé (2001-2002). Trois chants de guerre wayana. AMERINDIA 26/27: 87-122.

Camargo, Eliane (2003a). Classes verbais e semântica dos argumentos em um sistema sintático cindido: O exemplo do Wayana (Caribe). In Francesc Queixalós (ed.), Ergatividade na Amazônia II, pp. 83-100. Paris: CNRS-CELIA.

Camargo, Eliane (2003b). Relações sintáticas e semânticas na predicação nominal do Wayana: a oração com cópula. AMERINDIA 28: 133-160.

Camargo, Eliane (2008). Operadores aspectuais de estado marcando o nome em wayana (caribe). LIAMES – Línguas Indígenas Americanas 8: 85-104. https://doi.org/10.20396/liames.v8i1.147

Camargo, Eliane; Tapinkili; Akajuli; Atajumale; Hernandez, Laurent (2009). Hakëne omijau eitop Wajana-Palasisi (Dictionnaire bilíngue Wayana-Français). CELIA/DRAC – GUYANE/TEKUREMAI.

Camargo, Eliane; Wajana, Asiwae (2019). Estratégias da posse em wayana e seu mosaico morfo(fono)lógico. LIAMES - Línguas Indígenas Americanas 19: 1-33. https://doi.org/10.20396/liames.v19i1.8652265

Carlin, Eithne B (1998). Speech community formation: a sociolinguistic profile of the trio of Suriname. New West Indian Guide/ Nieuwe West-Indische Gids 72: 4-42.

Carlin, Eithne B (2004). A grammar of Trio, a Cariban language of Suriname. Duisburg Papers on Research in Language and Culture 55. Frankfurt am Main: Peter Lang.

Carlin, Eithne B (2004). Nominal possession in Trio. Linguistics in the Netherlands 1997: 25-36. https://doi.org/10.1075/avt.14.05car

Carlin, Eithne B (2011). Theticity in Trio (Cariban). International Journal of American Linguistics 77(1): 1–31. https://doi.org/10.1086/657326

Derbyshire, Desmond (1999). Carib. In R. M. W. Dixon; Alexandra Aikhenvald Y. (eds.), The Amazonian Languages, pp. 23-64. Cambridge: Cambridge University Press.

Gildea, Spike (1995). A comparative description of syllable reduction in the Cariban language family. International Journal of American Linguistics 61(1): 62–102. https://doi.org/10.1086/466245

Gildea, Spike (1998). On reconstructing grammar: Comparative Cariban morphosyntax. New York: Oxford University Press.

Gildea, Spike (2012). Linguistic studies in the Cariban family. In Lyle Campbell; Verónica Grondona (eds.), The indigenous languages of South America: A comprehensive guide, pp. 441-494. Berlin.

Gomes, Antonio Almir Silva; Barbosa, Josinete; Ferreira, Iohana (2020). Do bilinguismo ao multilinguismo: um caminho para a escola indígena diferenciada. Caderno de Letras (UFPEL): 36: 257-274.

http://dx.doi.org/10.15210/cdl.v0i36.17365.

Gudschinsky, Sarah (1973). Sistemas contrastivos de marcadores de pessoa em duas línguas Carib: Apalaí e Hixkaryána. Série Lingüística 1: 57-62. Brasília.

Halbmayer, Ernst (2013). Contemporary carib-speaking amerindians: A bibliography of social anthropological and linguistic resources. Curupira Workshop.

Halliday, M. A. K (1967). Notes on Transitivity and Theme in English. Journal of Linguistics 3: 199-244.

Hayes, Bruce (1995). Metrical stress theory: Principles and case studies. Chicago: University of Chicago Press.

Koehn, Edward (1976). The historical tense in Apalaí narrative. International Journal of American Linguistics 42: 243-52. https://doi.org/10.1086/465419

Koehn, Edward (2009a). The Apalaí phrase: prelimirary analysis. Anápolis, GO. Summer Institute of Linguistics.

Koehn, Edward (2009b). Bound person markers of the Apalaí verb phrase: preliminary analysis. Anápolis, GO. Associação Internacional de Linguística.

Koehn, Edward; Koehn, Sally (1971). Fonologia da língua Apalaí. In Sarah Gudschinsky (ed.), Estudos sobre línguas e culturas indígenas, pp. 17-28. Anápolis, GO. Summer Institute of Linguistics.

Koehn, Edward; Koehn, Sally (1986). Apalaí. In Desmond C Derbyshire; Geoffrey K. Pullum (eds.), Handobook of Amazonian languages 1, pp. 33-127. Berlim: Mouton de Gruyter.

Koehn, Edward; Koehn, Sally (1995). Vocabulário básico, Apalaí-Portuguê: Dicionário da Língua Apalaí. Cuiabá. MT. Sociedade Internacional de Linguística.

Koehn, Sally (2009). Apalaí verb structure: Prelimirary analysis. Anápolis, GO. Associação Internacional de Linguística, SIL.

Liberman, Mark (1975). The intonational system of English (Dissertação de mestrado). Massachusetts: Massachusetts Institute of Technology.

Liberman, Mark; Prince, Alan (1977). On stress and linguistic rhythm. Linguistic Inquiry 8: 249-336.

Lüpke, Friederike (2016). Uncovering Small-Scale multilingualism. Critical Multilingualism Studies 4(2): 35-74.

Meira, Sérgio (1997). [f], [ñ], e [h]: Fonogênese em Tiriyo (Karíb). Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi: Série Antropologia 13(2): 167-178. Disponível em http://repositorio.museugoeldi.br/handle/mgoeldi/822

Meira, Sérgio (1998). Rhythmic stress in tiriyó (cariban). International Journal of American Linguistics 64(4): 352-378.

https://doi.org/10.1086/466366

Meira, Sérgio (1999). A grammar of Tiriyó (Tese de doutorado em Linguística). Houston, Texas: Rice University.

Meira, Sérgio (2000). A reconstruction of Proto-Taranoan: Phonology and morphology (N.A.). München: LINCOM.

Meira, Sérgio (2006). Orações relativas em línguas Karíb. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas 1(1): 105-121. https://dx.doi.org/10.1590/S1981-81222006000100008

Meira, Sérgio (2016). Mudança sintática em andamento: o caso dos “classificadores genitivos” em línguas caribes. MOARA – Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Letras. http://dx.doi.org/10.18542/moara.v2i43.3840

Migliazza, Ernesto (1965). Notas fonológicas da língua Tiriyó. Boletim do Museu do Índio. Antropologia 29: 1-13. Disponível em:

http://etnolinguistica.wdfiles.com/local--files/biblio%3Amigliazza-1965-notas/Migliazza_1965_NotasFonologicasTiriyo.pdf

Moore, Denny; Galucio, Ana Vilacy; Gabas Júnior, Nílson (2008). O desafio de documentar e preservar as línguas amazônicas. Scientific American Brasil (Edição Especial), v. 3: 36-43. Disponível em:

https://amerindias.github.io/referencias/moogalgab08numeroslinguasamazonicas.pdf

Parker, Steve (2001). On the phonemic status of [h] in Tiriyó. International Journal of Linguistics 67(2): 105-118.

Rodrigues, Aryon Dall’Igna (1986). Línguas Brasileiras: Para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola.

Rodrigues, Aryon Dall’Igna (2018). A originalidade das línguas indígenas brasileiras. Revista Brasileira de Linguística Antropológica 9(1): 187-195. https://doi.org/10.26512/rbla.v9i1.19521

Tavares, Petronila (2005). A grammar of Wayana (Tese de doutorado em Linguística). Houston, Texas: Rice University.

Wallace, Ruth (1970). Notas fonológicas da língua Kaxuyâna. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Antropologia 43: 1-20.

Wallace, Ruth (1976). Harmonia vocálica nos afixos de•posse na língua Kaxuyâna. Revista Brasileira de Linguística 3(2): 42–50.

Wallace, Ruth (1980). Notas verbais da língua Tiriyó. Boletim do Museu do Índio 1(1): 1-14.

Wallace, Ruth (1983). Comparação de afixos de posse em línguas Karíb. Boletim do Museu do Índio 2: 1-31.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Antonio Almir Silva Gomes, Iohana Victoria Barbosa Ferreira

Downloads

Não há dados estatísticos.