Banner Portal
Mapa dos desejos locais como uma ferramenta para promoção do diálogo e do desenvolvimento de cidades saudáveis
PDF (English)

Palavras-chave

Planejamento urbano saudável. Mapa dos desejos local. Governança. Participação social. Intersetorialidade.

Como Citar

SPERANDIO, Ana Maria Girotti; MALEK-ZADEH, Murilo Urssi; ARÊAS, João Luiz de Souza; FRANCISCO FILHO, Lauro Luiz. Mapa dos desejos locais como uma ferramenta para promoção do diálogo e do desenvolvimento de cidades saudáveis. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 10, p. e019002, 2019. DOI: 10.20396/parc.v10i0.8652312. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8652312. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O desenvolvimento de cidades saudáveis necessita da governança intersetorial. Entretanto, em cidades com poucos recursos, existem diversos obstáculos para alcançar esse objetivo. Portanto, foi desenvolvido um procedimento investigativo de baixo custo, com potencial de sistematizar os desejos setoriais, para promover o diálogo. Esse procedimento engloba duas etapas. Essas etapas podem ser aplicadas em diferentes grupos e depois os resultados serem comparados. O primeiro passo é uma conversa guiada por uma lista de perguntas. Nessa fase, as informações são coletadas para entender como os indivíduos consideram uma cidade saudável ou a promoção da saúde, a relação entre planejamento urbano e saúde urbana, como o diálogo entre setores pode ser alcançado, e questões locais. Na segunda etapa, os indivíduos representam seus desejos no mapa da cidade (ou região da cidade). Esses desejos são representados através de anotações ou por ícones sobre o mapa. Esse procedimento foi conduzido em Holambra, em 2017. A prefeitura dessa cidade requisitou assistência para que a cidade participasse da Rede de Municípios Potencialmente Saudáveis. Os setores investigados foram os gestores e a população. Um mapa de desejos comuns foi criado, bem como mapas de desejos setoriais. Portanto, esses mapas podem ser usados como guias para promover o diálogo e serem usados como instrumento de monitoramento do progresso das políticas. Essa ferramenta pode ser um promotor de diálogo e um instrumento de monitoramento, para que se promova a saúde, mesmo em situações de pouco recurso.

https://doi.org/10.20396/parc.v10i0.8652312
PDF (English)

Referências

ARONSON, R. E.; NORTON, B. L.; KEGLER, M. C. Achieving a “Broad View of Health”. Health Education & Behavior, v. 34, n. 3, p. 441–452, 26 jun. 2007. DOI: https://doi.org/10.1177/1090198106289000

BABBIE, E. The practice of social research. 4th. ed. Belmont, Ca: Wadsworth publishing, 1986.

BRANDÃO, I. Aspectos Importantes Para Um Município Que Quer Ser Saudável. In: SPERANDIO, A. M. G.; MACHÍN, D. G.; FORTUNATO, M. A. B. (Eds.). . Políticas Integradas em Rede e a Construção de Espaços Saudáveis: boas práticas para a Iniciativa do Rostos, Vozes e Lugares. 1. ed. Brasília, Brazil: Organização Pan-Americana da Saúde, 2010. p. 31–60.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde (PNaPS) revisão da Portaria MS/GM nº 687, de 30 de março de 2006 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância à Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

BURRIS, S. et al. Emerging Strategies for Healthy Urban Governance. Journal of Urban Health, v. 84, n. S1, p. 154–163, 27 maio 2007. DOI: https://doi.org/10.1007/s11524-007-9174-6

CLAVIER, C.; O’NEILL, M. The Role of Policy Coalitions in Understanding Community Participation in Healthy Cities Projects. In: Healthy Cities. New York, NY: Springer New York, 2017. p. 359–373. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4939-6694-3_14

DE ANDRADE, L. O. M. et al. Social determinants of health, universal health coverage, and sustainable development: Case studies from Latin American countries. The Lancet, v. 385, n. 9975, p. 1343–1351, 4 abr. 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(14)61494-X

DE LEEUW, E. et al. Healthy Cities, Promoting health and equity - evidence for local policy and practice. Cambridge: WHO Regional Office for Europe, 2014.

DE LEEUW, E. From Urban Projects to Healthy City Policies. In: Healthy Cities. New York, NY: Springer New York, 2017. p. 407–437. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4939-6694-3_17

DINERSTEIN, A. C. The Politics of Autonomy in Latin America. London: Palgrave Macmillan UK, 2015. DOI: https://doi.org/10.1057/9781137316011

DOORIS, M.; HERITAGE, Z. Healthy Cities: Facilitating the Active Participation and Empowerment of Local People. Journal of Urban Health, v. 90, n. S1, p. 74–91, 29 out. 2013. DOI: https://doi.org/10.1007/s11524-011-9623-0

HABERMAS, J. The structural transformation of the public sphere : an inquiry into a category of bourgeois society. Cambridge: Massachusetts Institute of Technology Press (Original work published 1962), 1989.

KICKBUSCH, I.; GLEICHER, D. Governance for health in the 21st century. Copenhagen, Denmark: WHO Regional Office for Europe, 2012.

LAMBERT, N. M. et al. To Belong Is to Matter. Personality and Social Psychology Bulletin, v. 39, n. 11, p. 1418–1427, 15 nov. 2013. DOI: https://doi.org/10.1177/0146167213499186

MILES, S. Stakeholder Theory Classification: A Theoretical and Empirical Evaluation of Definitions. Journal of Business Ethics, v. 142, n. 3, p. 437–459, 8 maio 2017. DOI: https://doi.org/10.1007/s10551-015-2741-y

PEDERSON, A.; ROOTMAN, I. From Health Care to the Promotion of Health: Establishing the Conditions for Healthy Communities in Canada. In: Healthy Cities. New York, NY: Springer New York, 2017. p. 43–61. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4939-6694-3_3

RICE, M. et al. Healthy Municipalities, Cities and Communities in Latin America: Strong Histories, Committed Futures. In: Healthy Cities. New York, NY: Springer New York, 2017. p. 151–213. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4939-6694-3_8

SIMOS, J.; DE LEEUW, E. Wrap-Up: Values and Governance for Urban Health. In: Healthy Cities. New York, NY: Springer New York, 2017. p. 341–357. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4939-6694-3_13

SORENSEN, G. Our Global Neighbourhood. Bulletin of the Atomic Scientists, v. 51, n. 4, p. 69–73, 1 jul. 1995.

SPERANDIO, A. M. G. et al. Reverberação Política e Educativa para Cidade Saudável. Cadernos de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, v. 17, n. 2, p. 26–51, 11 dez. 2017. DOI: https://doi.org/10.5935/cadernosarquitetura.v17n2p26-51

SPERANDIO, A. M. G.; FRANCISCO FILHO, L. L.; MATTOS, T. P. Health promotion policy and urban planning: joint efforts for the development of healthy cities. Ciência & Saúde Coletiva, v. 21, n. 6, p. 1931–1938, jun. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015216.10812016

TSOUROS, A. D. Healthy Cities: A Political Project Designed to Change How Cities Understand and Deal with Health. In: Healthy Cities. New York, NY: Springer New York, 2017. p. 489–504. DOI: https://doi.org/10.1007/978-1-4939-6694-3_21

UN HABITAT. The Global Campaign on Urban Governance: Concept Paper. 2002.

UNITED NATIONS GENERAL ASSEMBLY. Transforming our world: The 2030 agenda for sustainable development. A/RES/70/1, 2015.

WERNA, E. et al. Healthy City Projects in Developing Countries : an International Approach to Local Problems. [s.l.] Taylor and Francis, 2014.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global Report on Urban Health. WHO, 2016.

YUVAL-DAVIS, N. Belonging and the politics of belonging. Patterns of Prejudice, v. 40, n. 3, p. 197–214, jul. 2006. DOI: https://doi.org/10.1080/00313220600769331

A PARC Pesquida em Arquitetura e Construção utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.