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Medidas atenuantes à exposição ocupacional acima do limite de IBUTG em galpões industriais
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Palavras-chave

Ventilação natural
Avaliação de espaços com fonte de calor
Ambiente de trabalho industrial

Como Citar

CAMARGOS, Bruno Henrique Lourenço; SOUZA, Henor Artur de; OLIVEIRA, Raquel Diniz; GOMES, Adriano Pinto; DIAS, Luma de Souza; DIAS, Thalita Cardoso. Medidas atenuantes à exposição ocupacional acima do limite de IBUTG em galpões industriais. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 15, n. 00, p. e024002, 2024. DOI: 10.20396/parc.v15i00.8672111. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8672111. Acesso em: 7 out. 2024.

Resumo

As avaliações ocupacionais em ambientes laborais se mostram relevantes para a saúde, bem-estar e produtividade dos operários. Neste trabalho, analisa-se por meio de modelagem numérica no EnergyPlus, as condições de exposição ao calor em galpões industriais com fonte interna liberadora de calor para Belo Horizonte/MG, equipados ou não com lanternim (12 modelos: variando-se áreas das aberturas, potência da fonte interna e altura desse dispositivo), a fim de averiguar a conformidade das condições térmicas internas em relação ao limite do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) previsto na NR-15/2021. Os resultados realçaram a relevância do lanternim e dos aparatos de proteção das aberturas na vazão de ar em relação ao aumento das horas em conformidade com o limite de IBUTG. Além disso, constata-se que a fonte interna de calor intensifica o efeito chaminé culminando, portanto, no auxílio da vazão natural do ar interno através do lanternim. Deste modo, obtém-se uma diminuição da temperatura interna em até 5,1°C. Com a correção da altura do lanternim, reduz-se até 3,3°C de IBUTG, resultando, neste caso no valor máximo de 28,5°C para o dia extremo do verão belo-horizontino em apenas 36% das horas do ano acima do IBUTG recomendado.  Ressalta-se, como principal contribuição, que se tratando de galpões com fonte de calor, quanto maior a área de saída do ar melhor é a condição térmica interna. Em conclusão, casos semelhantes podem aproveitar as estratégias recomendadas neste estudo para projetar novos galpões ou tomar decisões de intervenção em edifícios existentes. 

https://doi.org/10.20396/parc.v15i00.8672111
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