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BIM na avaliação do ciclo de vida de edificações: revisão da literatura e estudo comparativo
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Palavras-chave

BIM. Energia incorporada. Emissão de GHG. Avaliação do ciclo de vida.

Como Citar

BARROS, Natalia Nakamura; SILVA, Vanessa Gomes da. BIM na avaliação do ciclo de vida de edificações: revisão da literatura e estudo comparativo. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 7, n. 2, p. 89–101, 2016. DOI: 10.20396/parc.v7i2.8645401. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8645401. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

A necessidade da redução do consumo de energia elétrica e de emissão de GHGs (GreenHouse Gases) já é consensual. Sabe-se que edifícios consomem quantidades significativas de energia, além de emitirem grandes quantidades de GHGs. Devido a essa enorme influência sobre a sociedade, é fundamental para arquitetura e construção estar consciente do seu impacto, e desenvolver ferramentas eficazes que são capazes de medir a origem e a possível redução destes impactos, com o uso da avaliação do ciclo de vida de edificações (ACV) aliada ao Building Information Modeling (BIM). Este artigo fornece uma contribuição teórica no campo de integração de BIM e avaliação de ciclo de vida (ACV). A revisão de literatura evidencia que as publicações no tema BIM/ACV concentram-se no desenvolvimento e no melhoramento das ferramentas computacionais para auxiliar a ACV nas fases de projeto e de construção de edificações. São poucas as contribuições que tratam do processo de trabalho. Para contribuir no preenchimento desta lacuna de conhecimento, este artigo analisa o impacto potencial trazido pela adoção de BIM na ACV da perspectiva de processo, tecnologia associada e informação trocada. O método compõe-se de uma revisão sistemática de literatura (RSL), seguida da análise de fluxos de trabalho de avaliação tradicional de energia e emissão de GHGs incorporadas no ciclo de vida comparativamente ao fluxo de trabalho mediado por BIM. A RSL identificou lacunas e tendências de pesquisa, e embasou a elaboração de fluxos de trabalho analisados. Da análise comparativa depreendeu-se que a adoção de BIM no fluxo de trabalho de avaliação de energia incorporada e emissão de GHGs no ciclo de vida de edificações, tem impacto variado no processo de projeto e alto impacto na coleta de dados. A principal vantagem do uso de BIM na ACV é a sua capacidade de otimizar o processo, auxiliar a tomada de decisão durante toda a evolução do projeto e instigar a convergência para uma solução otimizada.

https://doi.org/10.20396/parc.v7i2.8645401
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