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Desempenho acústico de divisórias verticais em blocos de gesso: uma avaliação a partir de medições de campo e em laboratório
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Palavras-chave

Desempenho Acústico. Bloco de Gesso. Perda de Transmissão Sonora.

Como Citar

SILVA JÚNIOR, Otávio Joaquim da; RÊGO SILVA, José Jéferson do; PINHEIRO, Marco Antonio Silva. Desempenho acústico de divisórias verticais em blocos de gesso: uma avaliação a partir de medições de campo e em laboratório. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 5, n. 2, p. 15–21, 2015. DOI: 10.20396/parc.v5i2.8634534. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8634534. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Com a entrada em vigor da norma de desempenho das edificações habitacionais, valores mínimos de desempenho quanto ao isolamento acústico entre cômodos passaram a ser exigidos. Na busca ao atendimento dessas exigências, muitos construtores têm investido na obtenção de resultados do índice de redução sonora de divisórias em alvenarias de blocos cerâmicos ou concreto. No entanto, elementos construtivos como, por exemplo, paredes em blocos de gesso não têm sido alvo destas investigações com tanto fomento. Na região nordeste do Brasil, onde há uma grande concentração de jazidas naturais de gipsita, muitas construções são feitas em paredes de blocos de gesso, em razão do baixo custo e de condições climáticas da região. Diante da escassez de informações de propriedades acústicas das paredes em blocos de gesso, neste trabalho são apresentados valores do índice de redução sonora ponderado para duas paredes construídas em blocos de gesso maciço com 100mm de espessura, ambas ensaiadas em laboratório conforme métodos preconizados nas normas internacionais ISO 10140. Dos resultados obtidos, as paredes avaliadas em campo atendem a requisitos mínimos da norma brasileira de desempenho (40 dB) apenas nas paredes entre unidades habitacionais autônomas, nas situações onde não há ambiente de dormitório. Em laboratório, a mesma parede atenderá aos requisitos mínimos se for construída como parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria dos pavimentos (39 db). Os resultados em campo são superiores aos obtidos por ensaio em laboratório, indo de encontro ao que a norma de desempenho prevê. Isso reforça a importância da realização dos ensaios em campo.
https://doi.org/10.20396/parc.v5i2.8634534
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Referências

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