Banner Portal
Influência térmica da fachada verde no ambiente interno
PDF

Palavras-chave

Jardim vertical
Fachada verde
Estratégia bioclimática
Desempenho térmico

Como Citar

PADOVAN, Leonardo Diba Gonçalves; FONTES, Maria Solange Gurgel de Castro; BARBOSA, Murilo Cruciol. Influência térmica da fachada verde no ambiente interno. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 13, n. 00, p. e022005, 2022. DOI: 10.20396/parc.v13i00.8661203. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/parc/article/view/8661203. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Dentre as estratégias bioclimáticas, o uso da vegetação vem assumindo um papel de grande destaque em função da sua efetividade na redução de temperaturas superficiais e de ambientes internos e, consequentemente, podendo contribuir para a diminuição do consumo energético da edificação. Neste contexto, este trabalho mostra resultados de um estudo cujo objetivo foi identificar a contribuição do uso de fachadas verdes – tipologia de jardim vertical que utiliza espécies de plantas trepadeiras – no desempenho térmico de ambientes de trabalho, em clima quente. Para isso, um estudo experimental foi desenvolvido em um campus universitário em Ourinhos-SP, cidade de clima subtropical com verão quente, por meio da implantação de uma fachada verde na face Oeste de um escritório universitário, construído de blocos de concreto e cobertura de telhas metálicas.  O estudo contemplou a implementação de uma fachada verde com a planta trepadeira Ipomoea horsfalliae Hook; medições microclimáticas (temperatura do ar, umidade relativa do ar e velocidade do ar nos ambientes internos e no exterior dos escritórios) no escritório protegido pela fachada verde e em outro similar (em dimensão e orientação), que serviu de controle (sem fachada verde). A análise dos resultados evidencia o potencial amenizador térmico da fachada verde, uma vez que a temperatura média do ar do escritório com a presença desta estratégia apresentou uma redução média de 4,4 °C em relação ao ambiente controle.

https://doi.org/10.20396/parc.v13i00.8661203
PDF

Referências

ALEXANDRI, E.; JONES, P. Temperature decreases in an urban canyon due to green walls and green roofs in diverse climates. Building and Environment, v. 43, n. 4, p. 480–493, abr. 2008. DOI: https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2006.10.055

ALVARES, C. A. et al. Köppen’s Climate Classification Map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711–728, 1 dez. 2013. DOI: https://doi.org/10.1127/0941-2948/2013/0507

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220-3: Desempenho térmico das edificações: Parte 3-Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para edificações unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro. 2005.

BARBOSA, M. C.; FONTES, M. S. G. de C. Jardins verticais: modelos e técnicas. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 7, n. 2, p. 114–124, 2016. DOI: https://doi.org/10.20396/parc.v7i2.8646304.

CAMERON, R. W. F.; TAYLOR, J.; EMMETT, M. A Hedera Green Façade – Energy Performance and Saving under Different Maritime-Temperate, Winter Weather Conditions. Building and Environment, v. 92, p. 111–121, out. 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2015.04.011

CHENG, C. Y.; CHEUNG, K. K. S.; CHU, L. M. Thermal Performance of a Vegetated Cladding System on Facade Walls. Building and Environment, v. 45, n. 8, p. 1779–1787, ago. 2010. DOI: https://doi.org/10.1016/j.buildenv.2010.02.005

EUMORFOPOULOU, E. A.; KONTOLEON, K. J. Experimental Approach to the Contribution of Plant-Covered Walls to the Thermal Behaviour of Building Envelopes. Building and Environment, v. 44, n. 5, p. 1024–1038, maio 2009.

ISO – INTERNACIONAL ORGANIZATION OF STANDARDIZATION. ISO 77726. Ergonomics of the Thermal Environment-Instruments for measuring physical Quantities. International Organization for Standardization, Geneva. 1998

KÖHLER, M. Green Facades—a View Back and Some Visions. Urban Ecosystems, v. 11, n. 4, p. 423–436, dez. 2008.

MANSO, M.; CASTRO-GOMES, J. Green Wall Systems: A Review of Their Characteristics. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 41, p. 863–871, jan. 2015. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rser.2014.07.203

MORELLI, D.; LABAKI, L. C. Paredes verdes: estudo experimental sobre seus efeitos no espaço construído. In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 12.; ENCONTRO LATINO-AMERICANO DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 8., 2013, Brasília. Anais [...]. Brasília: ENCAC-ELACAC, 2013.

MUÑOZ, L. S. Potencial amenizador térmico de jardim vertical do tipo fachada verde indireta: estudos com diferentes espécies de trepadeiras. 2019. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Estadual Paulista, Bauru, 2019. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/190836. Acesso em: 19 dez. 2021.

MUÑOZ, L. S.; CRUCIOL BARBOSA, M.; FONTES, M. S. G. de C.; FARIA, J. R. G. de. Desempenho térmico de jardins verticais de tipologia fachada verde. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v. 10, p. e019013, 2019. DOI: https://doi.org/10.20396/parc.v10i0.8652775.

OTTELÉ, M. et al. Comparative Life Cycle Analysis for Green Façades and Living Wall Systems. Energy and Buildings, v. 43, n. 12, p. 3419–3429, dez. 2011. DOI: https://doi.org/10.1016/j.enbuild.2011.09.010

PAPADAKIS, et al. An experimental investigation of the effect of shading with plants for solar control of buildings. Energy and Buildings. v. 33 p. 831.836. out. 2001. DOI: https://doi.org/10.1016/S0378-7788(01)00066-4

PÉREZ, G. et al. Green Facade for Energy Savings in Buildings: The Influence of Leaf Area Index and Facade Orientation on the Shadow Effect. Applied Energy, v. 187, p. 424–437, fev. 2017. DOI: https://doi.org/10.1016/j.apenergy.2016.11.055

PROJETEEE – Projetando Edificações Energeticamente Eficientes. Componentes construtivos. Disponível em: http://projeteee.mma.gov.br/componente/bloco-concreto-14x19x39-cm-argamassa-externa-2-5-cm/. Acesso em: 25 jun. 2020.

PROJETEE - Projetando Edificações Energeticamente Eficientes. Dados climáticos de Ourinhos-SP, INMET 2016. Disponível em: http://projeteee.mma.gov.br/dadosclimaticos/?cidade=SP++Ourinhos&id_cidade=bra_sp_ournhos.868660_inmet. Acesso em: 20 jun. 2020.

RAMALHO, C. L. Trepadeiras Ornamentais do Cerrado. 1a ed. Brasilia-DF: Embrapa Cerrados, 2004. v. 1o

SAFIKHANI, T. et al. Thermal Impacts of Vertical Greenery Systems. Environmental and Climate Technologies, v. 14, n. 1, p. 5-11, 2015. DOI: https://doi.org/10.1515/rtuect-2014-0007

SCHERER, M. J.; FEDRIZZI, B. M. Jardins verticais: potencialidades para o ambiente urbano. Revista Latino-Americana de Inovação e Engenharia de Produção, v. 2, n. 2, p. 49-61, 2014.

SOUSA, R. B. de. Jardins Verticais: um contributo para os espaços verdes urbanos e oportunidade na reabilitação do edificado. 2012. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Faculdade de Arquitetura, Universidade Lusófona do Porto, Porto, 2012.

SUNAKORN, P.; YIMPRAYOON, C. Thermal Performance of Biofacade with Natural Ventilation in the Tropical Climate. Procedia Engineering, v. 21, p. 34–41, 2011. DOI: https://doi.org/10.1016/j.proeng.2011.11.1984

SUSOROVA, I.; AZIMI, P.; STEPHENS, B. The Effects of Climbing Vegetation on the Local Microclimate, Thermal Performance, and Air Infiltration of Four Building Facade Orientations. Building and Environment, v. 76, p. 113–124, jun. 2014. DOI: http://dx.doi.org/10.1016%2Fj.buildenv.2014.03.011

YANG, F. et al. Summertime Thermal and Energy Performance of a Double-Skin Green Facade: A Case Study in Shanghai. Sustainable Cities and Society, v. 39, p. 43–51, mai. 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scs.2018.01.049

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção

Downloads

Não há dados estatísticos.