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O ontem, o hoje... O amanhã?
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Como Citar

NEVES, Vanessa Ferraz Almeida. O ontem, o hoje... O amanhã?. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 19, n. 3, p. 277–282, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643467. Acesso em: 30 jun. 2024.

Resumo

Acabo de assistir, mais uma vez, ao filme Filhos da esperança (Inglaterra, 2006, direção de Alfonso Cuarón). Em um futuro não muito distante (2027), a humanidade se vê infértil: o último bebê nasceu há 18 anos e acaba de ser assassinado. Acompanho a trajetória de personagens correndo em busca de uma última esperança... “Com o som das crianças brincando desaparecendo, o desespero se instalou... É estranho o que acontece ao mundo sem as vozes das crian- ças.”, diz a enfermeira Miriam. Os personagens conversam em uma escola que agora já não tem razão de ser: não há mais quem educar e de quem cuidar. O processo civilizatório alcançou seu fim. Signos da infância fazem-se presentes: pinturas desbotadas das crianças penduradas nas paredes, balanços enferrujados no parquinho, móveis escolares nas salas... O estranho e angustiante nessa cena é o silêncio: aqueles que aprenderiam a falar, ingressando em nossa cultura, foram literalmente silenciados. A presença da infância aqui se faz ainda mais forte pela sua ausência
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Referências

CERTEAU, M. D. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.

DEL PRIORE, M. (Org.). História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 1991.

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FARIA FILHO, L. M. (Org.) A infância e sua educação: materiais, práticas e representações (Portugal e Brasil). Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

FREITAS, M. C. História social da infância no Brasil. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2003.

MONARCHA, C. (Org.). Educação da infância brasileira: 1875-1983. Campinas: Autores Associados, 2001.

RIZZINI, Irene & RIZZINI, Irma. A institucionalização de crianças no Brasil: percurso histórico e desafios do presente. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2004.

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