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Modernidade colonialidade ocidental e a produção subalterna do outro
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Palavras-chave

Desconstrução de subalternidades
Pensamento liminar
Modernidade colonialidade

Como Citar

AZIBEIRO, Nadir Esperança. Modernidade colonialidade ocidental e a produção subalterna do outro. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 18, n. 2, p. 89–101, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643547. Acesso em: 3 out. 2024.

Resumo

Este texto brotou de uma pesquisa que teve como principal desafio a busca de outras tessituras para processos de formação inicial e continuada de educadoras. Assumindo como perspectiva politicoepistemológica o pensamento liminar, o texto foi-se tecendo como um fuxico, incorporando retalhos da história da produção das periferias urbanas como subalternas e da produção do chamado Terceiro Mundo como periferia do sistema-mundo colonial moderno. O fio que conectou esses retalhos foi a opção ético-político-epistemológica pela desconstrução de subalternidades. Entendendo o currículo como construção social, como trajetória, como processo, pensá-lo a partir desta perspectiva ético-político-epistemológica significa tratá-lo como um contínuo jogo de forças, a ser explicitado e esgarçado de tal forma que possam se abrir as brechas, os entrelugares em que vozes, culturas e histórias sempre ou quase sempre caladas ou ignoradas tenham a possibilidade de pronunciar-se e de ser consideradas.

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