Banner Portal
Monitoria: uma modalidade de ensino que potencializa a aprendizagem colaborativa e autorregulada
Remoto

Como Citar

FRISON, Lourdes Maria Bragagnolo. Monitoria: uma modalidade de ensino que potencializa a aprendizagem colaborativa e autorregulada. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 27, n. 1, p. 133–153, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8645902. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

Este artigo analisa se a monitoria, entendida como uma modalidade de ensino, potencializa a aprendizagem colaborativa e autorregulada dos estudantes universitários. Além do acompanhamento do trabalho de monitoria, desenvolvido em uma Instituição de Ensino Superior, durante um semestre letivo, realizouse uma entrevista semiestruturada com monitores e professores orientadores e aplicou-se um questionário com os universitários participantes das monitorias. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo, e seus resultados evidenciaram que o trabalho realizado foi producente para a aprendizagem autorregulada de monitores e universitários, pois a maior parte desses estudantes aprendeu a utilizar diferentes estratégias de aprendizagem; e que a monitoria tende ao êxito nos espa- ços universitários, por investir na aprendizagem ativa, interativa, mediada e autorregulada.

Abstract

We sought in this article to examine whether monitorship, understood as a way of teaching, enhance collaborative and selfregulated learning of college students. The study was based on observation of the monitorship work conducted in an Institution of Higher Education, during one semester, semi-structured interviews with monitors and teachers and of a questionnaire answered by college students participating of the monitorship. The data were subjected to content analysis. The results of this analysis showed that the work done was productive for selfregulated learning of monitors and college students since most of the students learned to use different learning strategies. Monitorship thus tends to be a successful tool at the higher education level as it promotes active, interactive, mediated and self-regulated learning.

Keywords: monitorship, teaching, learning among pairs

Remoto

Referências

Almeida, L., & Freire, T. (2000). Metodologia da investigação em psicologia da educação.

Braga: Psiquilíbrios.

Anastasiou, L. G. C., & Alves, L. P. (2006). Estratégias de ensinagem. In L. G. C. Anastasiou, & L. P. Alves (Orgs.), Processos de ensinagem na universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula (pp. 67-100). Joinville, SC: UNIVILLE.

Bastos, M. H. C. (1999). O ensino mútuo no Brasil (1808-1827). In M. H. C. Bastos, & L. M. de Faria Filho (Orgs.), A escola elementar no século XIX (pp. 95-118). Passo Fundo: Ed. UPF.

Bastos, M. H. C. (2012). A instrução pública e as independências na América Latina: as experiências lancasterianas no século XIX. In A. L. S. Reckziegel, & A. Heinsfeld (Orgs.), Estados americanos: trajetórias em dois séculos (p. 19-44). Passo Fundo: Ed. Universidade de Passo Fundo.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Ed. 70.

Batista, J. B., & Frison, L. M. B. F. (2009). Monitoria e aprendizagem colaborativa e autorregulada. In D. Voos, & J. B. Batista (Orgs.), Sphaera: sobre o ensino de matemática e de ciências (pp. 232-247). Porto Alegre: Premier.

Beltran, J. (1996). Concepto, desarrollo y tendencias actuales de la Psicología de la instrucción. In J. Beltran, & C. Genovard (Eds.), Psicología de la instrucción: variables y procesos básicos (v. 1 pp.19-86). Madrid: Síntesis/Psicología.

Bidell, T. (1992). Beyond interactionism in contextualist models of development. Human Development, (35), 306-315.

Candau, V. M. F. (1986). A didática em questão e a formação de educadores-exaltação à negação: a busca da relevância. In V. M. F. Candau (Org.), A didática em questão (pp. 12-22). Petrópolis: Vozes.

Daniels, H. (2003). Vygotsky e a Pedagogia. São Paulo: Ipiranga.

Duarte, A. M. (2002). Aprendizagem, ensino e aconselhamento educacional: uma perspectiva cognitivo-motivacional. Porto: Porto Ed.

Giles, T. R. (1987). História da Educação. São Paulo: EPU.

Lesage, P (1999). A pedagogia nas escolas mútuas do século XIX. In M. H. C. Bastos, & L. M. de Faria Filho (Orgs.), A escola elementar no século XIX: O método monitorial (pp. 09-35). Passo Fundo: Ediupf.

Lins, A. M. M. (1999). O método Lancaster: educação elementar ou adestramento? Uma proposta para Portugal e Brasil no século XIX. In M. H. C. Bastos, & L. M. de Faria Filho (Orgs.), A escola elementar no século XIX (pp. 73-94). Passo Fundo: Ediupf.

Lopes da Silva, A., Duarte, A. M., Sá, I., & Veiga Simão, A. M. (2004). Aprendizagem auto-regulada pelo estudante: perspectivas psicológicas e educacionais. Porto: Porto Editora.

Lopes da Silva, A., Veiga Simão, A. M., & Sá, I. (2006). A auto-regulação da aprendizagem: estudos teóricos e empíricos. Intermeio, (19), 58-74 Manacorda, M. A. (1989). História da educação: da antiguidade aos nossos dias. São Paulo: Cortez.

Miranda, M. (2009). Código pedagógico dos jesuítas: Ratio Studiorum da Companhia de Jesus. Campo Grande: Esfera do Caos.

Monereo, C. (2007). Aprender entre iguais e com iguais. In D. Duran, & V. Vidal (Orgs.), Tutoria: aprendizagem entre iguais. Porto Alegre: Artmed.

Montalvo, F. T., & Torres, M. G. (2004). El aprendizaje autorregulado: presente y futuro de la investigación. Revista Electrónica de Investigación Psicoeducativa, 2(1), 1-34.

Onrubia, J. (2001). Ensinar criar zonas de desenvolvimento proximal e nelas intervir. In C. Coll (Org.), Construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática.

Osório, L. C. (2003). Psicologia grupal: uma nova disciplina para o advento de uma era. Porto Alegre: Artmed.

Rosário, P., Veiga Simão, A. M., Chaleta, E., & Grácio, L. (2008). Auto-regular o aprender em sala de aula. In M. H. M. B. Abrahão (Org.), Professores e alunos: aprendizagens significativas em comunidades de prática educativa (pp.115-132). Porto Alegre: EDIPUCRS.

Sampaio, R., Polydoro, S., & Rosário, P. (2012). Autorregulação da aprendizagem e a procrastinação acadêmica em estudantes universitários. Cadernos de Educação, (42), 119-142.

Serafim, T., & Boruchovitch, E. (2010). O pedir ajuda: concepções dos estudantes do ensino fundamental. Estudos interdisciplinares em Psicologia, 1(2), 159-171.

Tavares, J. (2003). Formação e inovação no Ensino Superior. Porto: Porto Editora.

Vygotsky, L. S. (1995). Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes.

Zimmerman, B. J. (1998). Developing self-fulfilling cycles of academic regulation: an analysis of exemplary instructional models. In D. H. Schunk, & B. J. Zimmerman, Self-regulated learning: from teaching to self-reflective practice (pp.1-19). New York: The Guilford Press.

Zimmerman, B. J. (2013). From cognitive modeling to self-regulation: a social cognitive carrier path. Educational Psychologist, 48(3), 135-147.

Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.