Banner Portal
L. S. Vigotski e o ensino de arte: “A educação estética” (1926) e as escolas de arte na Rússia 1917-1930
PDF

Palavras-chave

Vigotski. Educação estética. Ensino de arte. Arte russa.

Como Citar

WEDEKIN, Luana Maribele; ZANELLA, Andrea Vieira. L. S. Vigotski e o ensino de arte: “A educação estética” (1926) e as escolas de arte na Rússia 1917-1930. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 27, n. 2, p. 155–176, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8647237. Acesso em: 29 jun. 2024.

Resumo

Problematizam-se, neste artigo, as relações entre “A educação estética” (1926), de Lev S. Vigotski, e o contexto de reestruturação da educação e do ensino das artes após a Revolução Russa de outubro de 1917. Trata-se de pesquisa bibliográfica que operou um diálogo entre Vigotski e os historiadores que estudaram as escolas de arte anteriores e posteriores à Revolução de 1917. Orientaram as análises as seguintes questões: as ideias de Vigotski sobre estética estavam em consonância com as práticas estabelecidas nessas novas instituições? Como essas ideias se relacionavam com as políticas para o ensino de arte no período? Constatou-se que “A educação estética” foi forjada na experiência prática de Vigotski em diálogo com a arte e a ciência de sua época, pautada em pensamento independente dos encaminhamentos oficiais, mas cuja qualidade das reflexões e dos princípios garante a atualidade e a potência da obra para pensar o ensino de arte hoje.
PDF

Referências

Amorim, V. M., & Castanho, M. E. (2008, dezembro). Por uma educação estética na formação universitária de docentes. Educação & Sociedade, 29(105), 1167-1184.

Aristóteles. Poética. In Aristóteles, Horácio, & Longino (1995). A poética clássica. (J. Bruna, trad., 6a ed., pp.17-52). São Paulo: Cultrix.

Barros, E. R. O. de, Camargo, R. C.de, & Rosa, M. M. (2011, abr./jun.). Vigotski e o teatro: descobertas, relações e revelações. Psicologia em Estudo, 16, 229-240.

Blakesley, R. P. (2010, December). Pride and politics of nationality in Russia’s Imperial Academy of Fine Arts, 1757-1807. Art History, 35(5) 800-835.

Blanck, G. (2003). Prefácio. In L. S. Vigotski. Psicologia pedagógica (pp.15-32). Porto Alegre: Artmed.

Bojko, S. (1980). Vkhutemas. In S. Barron, & M. Tuchman The Avant-Garde in Russia, 1910-1930: new perspectives (pp.78-83). Los Angeles: The MIT Press.

Bourdieu, P. (1998). O poder simbólico (322 pp.). Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil.

Bowlt, J. (ed.) (1976). Russian art of the avant-garde: theory and criticism 1902-1934 (360 pp.). New York: The Viking Press.

Bowlt, J. (1983). Russian painting in the nineteenth century. In T. G. Stavrou (Ed.), Art and culture in nineteenth century Russia (pp.113-139). Bloomington: Indiana University Press.

Bowlt, J., & Long, R.-C. W. (1980). The life of Vasilii Kandinsky in Russian Art: a study of ‘On the Spiritual in Art’ (158 pp.). Newtonville, Mass.: Oriental Research Partners.

Camargo, D. de, Bulgacov, Y. L. M. (2008). A perspectiva estética e expressiva na escola: articulando conceitos da psicologia sócio-histórica. Psicologia em Estudos [online], 13 (3), 467-475.

Chuzhak, N. F. (2009). Under the banner of life-building (An attempt to understand the art of today) (C. Lodder, trad.). Art in Translation,1(1), p. 119-151.

Fitzpatrick, S. (1970). The Commissariat of Enlightenment: soviet organization of arts and education under Lunacharsky, October 1917-1921 (380 pp.). Cambridge: University Press.

Gough, M. (2005). The artist as producer (257 pp.). Berkeley/Los Angeles: University of California Press.

Gray, C. (1962). The Russian experiment in art: 1863-1922 (296 pp.). New York: Harry Abrams.

Kandinsky, V. (1996). Do espiritual na arte (284 pp.). São Paulo: Martins Fontes.

Kerzhentsev, P. (1984). Out of school education and the “Proletkults” (Moscow, 1919). In W. G. Rosenberg (Ed.), Bolshevik visions: first phase of the cultural revolution in Soviet Russia (pp. 75-83). Michigan: The University of Michigan Press.

Khan Magomedov, S. O. (2013). L’InKhouK Naissance du constructivisme (381 pp.). Gollion: Infolio.

Kozulin, A. (1994). La psicología de Vygotski (294 pp.). Madrid: Alianza Editorial.

Lodder, C. (1983). Russian Constructivism (328 pp.). New Haven/London: Yale University Press.

Lodder, C. (1992). The Vkhutemas and the Bauhaus. In G. H. Roman, & V. H. Marquardt (Ed.), The Avant-Garde Frontier: Russia meets the West, 1910-1930 (pp. 196-240). Gainesville, Flo: University Press of Florida.

Lodder, C. (2005). Constructive Strands in Russian Art 1914-1937 (589 pp.). London: The Pindar Press.

Lunacharsky, A., & Slavinsky, Y. (1976). Theses of the Art Section of Narkompros and the Central Committee of the Union of Art Workers Concerning Basic Policy in the Field of Art (1920). In J. Bowlt. (Ed.), Russian Art of the Avant-Garde Theory and Criticism 1902-1934 (pp. 182-185). New York: The Viking Press.

Malevich, K. (1959). The Non-Objective World (101 pp.). Chicago: Paul Theobald and Company.

Malevich, K. (1969). From Cubism and Futurism to Suprematism: The New Realism in Painting (Ot kubizma I futurizma do suprematizma. Novy zhivopisny realism.) (Third Edition. Moscow, 1916). In K. S. Malevich. Essays on Art: 1915-1933 (V. I, pp. 19-41). London: Rapp & Whiting.

Marcadé, J.-C. (2007). L’Avant-Garde Russe (479 pp.). Paris: Flammarion.

Martins, J. B.(2010, abril). A importância do livro Psicologia Pedagógica para a teoria histórico-cultural de Vigotski. Aná, 28 (2), 343-357.

Misler, N. (1997a). Vasilii Kandinsky at RAKhN. In J. Bowlt, & N. Misler, (Eds.), RAKhN: The Russian Academy of Artistic Sciences. Experiment, 3, 148-156.

Misler, N. (1997b). A Citadel of Idealism: RAKhN as a Soviet Anomaly. In J. Bowlt, & N. Misler. (Eds.), RAKhN: The Russian Academy of Artistic Sciences. Experiment, 3, 14-30.

Pereira, M. de A. (2012). Performance e educação: relações, significados e contextos de investigação. Educação em Revista [online], 28 (1), 289-312.

Peric, T. (2013). No exercício da arte: o professor criador. Diálogo entre o fazer artístico e a prática pedagógica. Pro-Posições [online], 24 (2), 195-220.

Pevsner, N. (2005). Academias de Arte: passado e presente (439 pp.). São Paulo: Martins Fontes.

Pino, A. (2006). A produção imaginária e a formação do sentido estético. Reflexões úteis para uma educação humana. Pro-Posições, 17 (2), 47-70,

Pino, A., Schlindwein, L. M., & Neitzel, A. de A. (Org.), (2010). Cultura, escola e educação criadora. Formação estética do ser humano (1a ed., 220 pp.). Curitiba: Editora CRV.

Reis Filho, D. A. (2003). As revoluções russas e o socialismo soviético (179 pp.). São Paulo: UNESP.

Rivière, A. (1985). La psicología de Vygotski (100 pp.). Madrid: Visor Libros.

Rosenberg, W. G. (1984). Introduction. In W. G. Rosenberg. (Ed.), Bolshevik Visions: First Phase of the Cultural Revolution in Soviet Russia (pp. 16-21). Michigan: The University of Michigan Press.

Stites, R. (2005). Serfdom, Society, and the Arts in Imperial Russia: The Pleasure and the Power (586 pp.). New Haven; London: Yale University Press.

Toassa, G. (2013a, jan./abr.). A “Psicologia pedagógica” de Vigotski – considerações introdutórias. Nuances: estudos sobre educação, 24 (1), 64-72. Retirado em 23 de junho de 2014, de http://dx.doi.org/10.14572/nuances.v24i1.2155

Toassa, G. (2013b, setembro). Certa unidade no sincrético: considerações sobre educação, reeducação e formação de professores na "Psicologia Pedagógica" de L. S. Vygotsky. Estudos em Psicologia, 18 (3). Retirado em 23 de junho, de

http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2013000300010.

Tragtenberg, M. (2007). A revolução russa (155 pp.). São Paulo: UNESP.

Vigodskaya, G. L. & Lifanova, T. M. (1999). Life and Works in ‘Lev Semenovich Vygotsky’, Journal of Russian and East European psychology, 37 (2), 23-90.

Vigotski, L. S. (1998). Psicologia da Arte (377 pp.). São Paulo: Martins Fontes.

Vigotski, L. S. (2001). A educação estética. In L. S. Vigotski, Psicologia pedagógica (pp. 323-363). São Paulo: Martins Fontes.

Vigotski, L. S. (2001) Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins Fontes.

Vigotski, L. S. (2004). O significado histórico da crise em psicologia. Uma investigação metodológica. In L. S. Vigotski, Teoria e método em psicologia (pp. 203-417). São Paulo: Martins Fontes.

Vigotski, L. S. (2009). Imaginação e criação na infância (135 pp.). São Paulo: Ática.

Weiss, P. (1979). Kandinsky in Munich: The Formative Jugendstil Years (268 pp.). Princeton, New Jersey: Princeton University Press.

Wölfflin, H. (1994). Prolegomena to a Psychology of Architecture (1886). In H. F. Malgrave (Ed.), Empathy, Form and Space Problems in German Aesthesis 1873-1893 (pp.149-192). Santa Monica, Ca: Getty Center for the History of Art and the Humanities.

Zhdan, A. (1997). Art History and Psychology at Rakhn: An Experiment in Collaboration. In J. Bowlt, & N. Misler. (Eds.), RAKhN: The Russian Academy of Artistic Sciences. Experiment, 3, 69-75.

Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.