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Memórias de um Sargento de Milícias Educação primária e trabalho livre no tempo d’el-rei
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Palavras-chave

Dialética da malandragem. Escola primária. Trabalho livre. Literatura oitocentista

Como Citar

PAIXÃO, Alexandro Henrique. Memórias de um Sargento de Milícias Educação primária e trabalho livre no tempo d’el-rei. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 27, n. 3, p. 121–152, 2017. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8648303. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Este artigo, por intermédio da releitura do romance-folhetim Memórias de um sargento de milícias (1852-1854), de Manuel Antonio de Almeida, e de um diálogo circunstanciado com o célebre ensaio “Dialética da malandragem” (1970), de Antonio Candido, busca analisar e interpretar a situação da escola e dos ofícios representados ironicamente no romance-folhetim. Tomando a ironia como gênero moral e defensivo, considera-se que a crítica peculiar dirigida à educação e ao trabalho no tempo d’el-rei se constrói dentro de uma perspectiva moralizante e não dentro da lógica do “mundo sem culpa”, característico da dialética da malandragem.
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