Banner Portal
Suportar ou reconhecer: a dupla face do conceito de tolerância e o papel mediador da escola
Remoto

Palavras-chave

Tolerância. Reconhecimento. Educação.

Como Citar

COSSETIN, Vânia Lisa Fischer. Suportar ou reconhecer: a dupla face do conceito de tolerância e o papel mediador da escola. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 28, p. 132–146, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8651752. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

O presente artigo tematiza a ambiguidade do conceito de tolerância, possível de ser identificada pela análise de dois contornos que o definem: um positivo, em que o outro é concebido como uma alteridade a ser reconhecida e acolhida; e outro negativo, que pode ser interpretado tanto pela ênfase no tolerante, para o qual o outro é apenas um estranho ou uma existência meramente concedida, como pela ênfase no tolerado, que impõe sua existência e seu modo de ser, oprimindo e anulando o tolerante. Ademais, destaca o inequívoco papel mediador da escola como locus de identificação, denúncia e combate a todas as formas de exclusão e opressão humanas, colocando-se como instância privilegiada para a promoção da tolerância como sinônima de reconhecimento; logo, de uma educação focada na reciprocidade, na solidariedade e na cooperação.
Remoto

Referências

Adorno, T. W., & Horkheimer, M. (1986). Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar.

Arendt, H. (2014). Entre o passado e o futuro (7a ed., M. W. Barbosa, trad.). São Paulo: Perspectiva.

Brasil. (1998). Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio (4 vols.). Brasília: MEC/SEMTEC.

Delors, J. (Org.). (1998). Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez.

Featherstone, M. (1995). Cultura de consumo e pós-modernismo (J. A. Simões, trad.). São Paulo: Nobel.

Gadamer, H-G. (2002). Verdade e método. Petrópolis: Vozes.

Hegel, G. W. F. (1986). Phänomenologie des Geistes (5a ed., vol. 3). Frankfurt am Main: Suhrkamp.

Héritier, F. (1999). O eu, o outro e a tolerância. In J.-P. Changeux, Uma ética para quantos? (M. D. P. Vianna, & W. Mermelstein, trads.). Bauru: EDUSC.

Hermann, N. (2001). Pluralidade e ética em educação. Rio de Janeiro: DP&A.

Hermann, N. (2014). Ética e educação: outra sensibilidade. Belo Horizonte: Autêntica.

Honneth, A. (2009). Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. (2a ed., L. Repa, trad.). São Paulo: Editora 34.

Kant, I. (2012). Resposta à pergunta: “o que é esclarecimento? ”. In I. Kant, Immanuel Kant: textos seletos (8a ed., E. C. Leão, trad.). Petrópolis: Vozes.

Mafesoli, M. (1987). O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. Rio de Janeiro: Forense.

Ricoeur, P. (1991). O si-mesmo como um outro (L. M. César, trad.). Campinas: Papirus.

Sacristán, G., & Gómez, P. A. I. (1998). Compreender e transformar o ensino (4a ed.). São Paulo: Artmed.

Santos, J. V. T. dos. (2001, janeiro/junho). A violência na escola: conflitualidade social e ações civilizatórias. Educação e Pesquisa, 27(1), 105-122.

Savater, F. (2012). O valor do educar (2a ed., M. Stahel, trad.). São Paulo: Planeta. Unesco. (1995, 16 de novembro). Declaração de princípios sobre a tolerância. 28ª Conferência Geral, Paris.

Vásquez, A. S. (1998). Ética (18a ed., J. Dell’Anna, trad.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.