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Política de cotas, currículo e a construção identitária de alunos de Medicina de uma universidade pública
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Palavras-chave

Política de cotas. Currículo. Formação médica. Identidades. Relações de poder.

Como Citar

WICKBOLD, Christiane Curvelo; SIQUEIRA, Vera. Política de cotas, currículo e a construção identitária de alunos de Medicina de uma universidade pública. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 29, n. 1, p. 83–105, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8652056. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

Este estudo está fundamentado em noções dos estudos culturais e nos conceitos foucaultianos de saber, poder e normalização, voltado à análise de significados construídos por estudantes de Medicina da UFRJ sobre a política de cotas em suas possíveis relações com o currículo de Medicina e seus desdobramentos em processos identitários. Em pesquisa com abordagem qualitativa, caracteriza-se a cultura do curso, problematiza-se o seu currículo para então apresentar a análise dos dados obtidos através de oito entrevistas semiestruturadas feitas com alunos cotistas e não cotistas do mencionado curso. Os resultados evidenciam tensionamentos nos discursos entre o “resguardo” da tradição da UFRJ e da faculdade de Medicina, – o que dificulta transformações na cultura e no currículo do curso – e as novas relações constituídas, propicias à revisão de valores e do currículo, sendo os(as) alunos cotistas significados como atores importantes em tal processo.
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