Banner Portal
Partidarismo, ciclos de vida e socialização política no Brasil
Remoto

Palavras-chave

Juventude. Política partidária. Comportamento político.

Como Citar

OKADO, Lucas Toshiaki Archangelo; RIBEIRO, Ednaldo Aparecido; LAZARE, Danilo César Macri. Partidarismo, ciclos de vida e socialização política no Brasil. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 29, n. 1, p. 267–295, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8652070. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Estudos empíricos apontam diferenças significativas na forma como jovens e adultos têm se manifestado politicamente, constatando o distanciamento por parte da juventude no envolvimento em ações tidas como convencionais, principalmente o voto e o ativismo partidário. Esses trabalhos consideram como causa deste fenômeno as diferenças entre os papéis sociais desempenhados ao longo da vida por jovens e adultos. Apesar da existência de estudos que abordam a relação entre participação e idade, há uma lacuna nos que abordam a juventude e a identificação partidária. Este texto tem por objetivo analisar os efeitos da transição para a vida adulta e a identificação partidária no Brasil. Utilizando dados do Estudo Eleitoral Brasileiro produzido pelo CESOP/Unicamp, os modelos afirmam que não existem diferenças significativas na identificação partidária, seja ela afetiva ou racional, manifestada por jovens e adultos. A variável dependente não se mostrou significativa quando controlada por outras variáveis intervenientes, como sexo e educação. Nos modelos que analisam a identificação partidária dos três maiores partidos, ser jovem se mostrou significativo para explicar a adesão ao PMDB e ao PT.
Remoto

Referências

Abad, M. (2002). Las politicas de juventude desde la perspectiva de la relación entre convivencia, cidadania y nueva condición juvenil. Última Década, 10(16), 117-152.

Abramo, H. (2011). Condição juvenil no Brasil contemporâneo. In H. Abramo, & P. P. M. Branco (Orgs.), Retratos da juventude brasileira: analises de uma pesquisa nacional. São Paulo: Fundaçao Perseu Abramo.

Almond, G., & Verba, S. (1989). The civic culture: political attitudes and democracy in five nations. New York: Sage.

Avritzer, L. (2016). Impasses da democracia brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Beck, P. A., & Jennings, M. K. (1979). Political periods and political participation. The American Political Science Review, 73(3), 737-750. https://doi.org/10.2307/

Borba, J., Gimenes, É. R., & Ribeiro, E. (2015). Os determinantes do ativismo partidário na América Latina. Revista Latinoamericana de Opinión Pública, (5), 13-47.

Campbell, A., Converse, P., Miller, W. E., & Strokes, D. (1960). The American voter. New York: John Wiley & Sons.

Castillo, A. J. (2008). Trayectorias de participación política de la juventud europea: ¿Efectos de cohorte o efectos de ciclo vital? Revista de Estudios de Juventud, (81), 67-94.

Converse, P. (1969). Of time and partisan stability. Comparative Political Studies, 2(2), 139-171.

Dalton, R. (2008). Citizenship norms and the expansion of political participation. Political Studies, 56, 76-98. https://doi.org/10.1111/j.1467-9248.2007.00718.x

Dalton, R. (2013). The apartisan American: Dealignment and changing electoral politics. Washington DC: CQ Press.

Dalton, R., McAllister, I., & Wattenberg, M. P. (2003). Democracia e identificação partidária nas sociedades industriais avançadas. Analise Social, 38(167), 295-320.

Dalton, R., & Weldon, S. (2007). Partisanship and party system institutionalization. Party politics, 13(2), 179-196. https://doi.org/10.1177/1354068807073856

Downs, A. (1957). An economic theory of democracy. New York: Harper.

Easton, D. (1979). A systems analysis of political life. Chicago: University of Chicago Press.

Erikson, E. H. (1976). Identidade, juventude e crise. Rio de Janeiro: Zahar.

Fiorina, M. P. (1978). Economic retrospective voting in American national elections: A microanalysis. American Journal of Political Science, 22(2), 426-443.

Fiorina, M. P. (1981). Retrospective voting in American national elections. New Haven: Yale University Press.

Flanagan, C. (2013). Teenage citizens: The political theories of the young. New York: Harvard University Press.

Gallagher, M. (2015). Election indices dataset. Recuperado em 15 de Novembro de 2015, de http://www.tcd.ie/Political_Science/staff/michael_gallagher/ElSystems/index.php

Green, D. P., Palmquist, B., & Schickler, E. (2004). Partisan hearts and minds: Political parties and the social identities of voters. New Haven: Yale University Press.

Heilborn, M. L., Salem, T., Rohden, F., Brandão, E., Knauth, D., Víctora, C., … Bozon, M. (2002, junho). Aproximações socioantropológicas sobre a gravidez na adolescência. Horizontes Antropológicos, 8(17), 13-45. https://doi.org/10.1590/S0104- 71832002000100002

Inglehart, R. (2001). Modernización y posmodernización: el cambio cultural, económico y político en 43 sociedades. Madrid: Centro de Investigaciones Sociológicas.

Jennings, M. K. (1979). Another look at the life cycle and political participation. American Journal of Political Science, 23(4), 755-771.

Kinder, D. R. (2006, junho). Politics and the life cycle. Science, 312, 1.905-1.908. https://doi.org/10.2990/30_2_43

Kinzo, M. D. G. A. (2005). Os partidos no eleitorado: percepções públicas e laços partidários no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 20(57), 65-81. https://doi.org/10.1590/S0102-69092005000100005

Lamounier, B., & Meneguello, R. (1986). Partidos políticos e consolidação democrática: o caso brasileiro. São Paulo: Brasiliense.

Lisi, M. (2015). Partisanship and age effects in recent democracies: Southern Europe from a comparative perspective. Comparative European Politics, 13, 493-513.

Lupu, N. (2015). Class and representation in Latin America. Swiss Political Science Review, 21(2), 229-236. https://doi.org/10.1111/spsr.12162

Mainwaring, S. (2001). Sistemas partidários em novas democracias: o caso do Brasil. Mercado Aberto.

Mainwaring, S., & Torcal, M. (2005). Party system institutionalization and party system theory after the third wave of democratization (Working Paper n. 319). South Bend: Kellog Institute.

Miller, W. E., & Shanks, J. M. (1996). The new American voter. Harvard University Press.

Neves, L. S. (2012). Brasileiro: mudanças e perpetuidades após as eleições presidenciais de 2002. Monografia em Ciência Política, Universidade de Brasília, Brasília.

Niemi, R. G., Wiesberg, H. F., & Kimball, D. (2010). Controversies in voting behavior. Washington DC: CQ Press.

Norris, P. (2003, novembro). Young people & political activism : From the politics of loyalties to the politics of choice ? Council of Europe Symposium (pp.1-32).

Oesterle, S., Johnson, M. K., & Mortimer, J. T. (2004, março). Volunteerism during the transition to adulthood: A life course perspective. Social Forces, 82, 1.123-1.149. https://doi.org/10.1353/sof.2004.0049

Okado, L. T. A., & Ribeiro, E. (2015). Condição juvenil e a participação política no Brasil. Paraná Eleitoral, 4(1), 53-78.

Paiva, D., Braga, M. D. S. S., & Pimentel JR., J. T. P. (2007). Eleitorado e partidos políticos no Brasil. Opinião Pública, 13(2), 388-408.

Payne, J. M. (2007). Party systems and democratic governability. In J. M. Payne, D. Zovatto, & M. M. Díaz (Orgs.), Democracies in development: Politics and reform in Latin America (pp. 149-178). Washington, D.C.: Inter-American Development Bank.

Putnam, R. D. (2001). Bowling alone: The collapse and revival of American community. New York: Simon and Schuster.

Rebello, M. M. (2012). A fragmentação partidária no Brasil: visões e tendências. In 36o Encontro Anual da Anpocs (pp. 1–30). Águas de Lindóia. Recuperado em 15 de novembro de 2015, de http://www.anpocs.org/portal/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gi d=7955&Itemid=76

Rennó, L. R. (2007). Escândalos e voto: as eleições presidenciais brasileiras de 2006. Opinião Pública, 13(2), 260-282. https://doi.org/10.1590/S0104-62762007000200002

Ribeiro, E., & Borba, J. (2010). Participação e pós-materialismo na América Latina. Opinião Pública, 16, 28-64. https://doi.org/10.1590/S0104-62762010000100002

Ribeiro, E., Carreirão, Y., & Borba, J. (2016). Sentimentos partidários e antipetismo: condicionantes e covariantes. Opinião Pública, 22(3), 1.807-1.191.

Ribeiro, E., & Oliveira, R. A. (2014). Cultura política e gênero no Brasil: estudo sobre a dimensão subjetiva da sub-representação feminina. Revista Política Hoje, 22, 167-205.

Rico, G. (2010). La formación de indentidades partidistas en Europa: Mas allá de de la teoría de Converse. In M. Torcal (Org.), La ciudadania europea en el siglo XXI: estudio comparado de sus actitudes, opinión pública y comportamiento políticos (pp. 143-174). Madrid: Centro de Investigaciones Sociológicas.

Rotolo, T. (2000, março). A time to join, a time to quit: The influence of life cycle transitions on voluntary association membership. Social Forces, 78(1),133-1,161. https://doi.org/10.2307/3005944

Sapiro, V. (2004). Not your parents’ political socialization: Introduction for a new generation. Annual Review of Political Science, 7, 1-23. https://doi.org/10.1146/annurev.polisci.7.012003.104840

Sears, D. O. (1975). Political socialization. In F. I. Greenstein, & N. W. Polsby (Eds.), Handbook of political science (Vol. 2, pp. 93-153). Reading, MA: Addison-Wesley.

Sears, D. O., & Valentino, N. A. (1997). Socialization for preadult as catalysts events political matters: Politics. American Political Science Review, 91(1), 45-65.

Shanahan, M. J. (2000). Pathways to adulthood in changing societies: Variability and mechanisms in life course perspective. Annual Review of Sociology, 26, 667-692. https://doi.org/10.1146/annurev.soc.26.1.667

Singer, A. (1999). Esquerda e direita no eleitorado brasileiro: a identificação ideológica nas disputas presidenciais de 1989 e 1994. São Paulo: EdUSP.

Singer, A. (2012). Os sentidos do lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras.

Singer, A. (2013). Brasil, junho de 2013, classes e ideologias cruzadas. Novos Estudos - CEBRAP, (97), 23-40. https://doi.org/10.1590/S0101-33002013000300003

Speck, B. W., Braga, M. do S. S., & Costa, V. (2015). Estudo exploratório sobre filiação e identificação partidária no Brasil. Revista de Sociologia e Política, 23(56), 1-31.

Sposito, M. P. (1993). A sociabilidade juvenil e a rua: novos conflitos e ação coletiva na cidade. Tempo Social, 5(1/2), 161-178.

Stoker, L., & Jennings, M. K. (1995). Transitions and political participation: the case of marriage. American Political Science Review, 89(2), 421-433.

Veiga, L. F. (2011). O partidarismo no Brasil (2002/2010). Opinião Pública, 17(2), 400-425. https://doi.org/10.1590/S0104-62762011000200005

Verba, S., Schlozman, K. L., & Brady, H. E. (1995). Voice and equality: Civic voluntarism in American politics. Cambridge, MA: Harvard University Press.

Vieira, J. M. (2008). Transição para a vida adulta no Brasil: análise comparada entre 1970 e 2000. Revista Brasileira de Estudos de População, 25, 27-48. https://doi.org/10.1590/S0102-30982008000100003

Visser, P. S., & Krosnick, J. A. (1998). Development of attitude strength over the life cycle: surge and decline. Journal of Personality and Social Psychology, 75(6), 1.389-1.410. https://doi.org/10.1037/0022-3514.75.6.1389

Weisberg, H. F., & Greene, S. H. (2006). The political Psychology of party identification. In M. B. MacKuen, & G. Rabinowitz (Orgs.), Electoral democracy (pp. 83-124). Ann Arbor: The University of Michigan Press.

Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.