Banner Portal
O Programa elos para prevenção do abuso de drogas
REMOTO

Palavras-chave

Jogo
Grupo
Relações
Prevenção
Saúde

Como Citar

CARON, Eduardo; MACHADO, Adriana Marcondes. O Programa elos para prevenção do abuso de drogas: repercussões no cotidiano escolar. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 32, p. e20190072, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8666780. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Discutem-se repercussões da implementação do Programa Elos de prevenção ao uso abusivo de drogas (Ministério da Saúde, 2013-2017) quanto à alteração de relações de assujeitamento, isolamento e desrespeito presentes no cotidiano escolar. Acompanhou-se em três escolas da região metropolitana de São Paulo a implementação do programa que é uma parceria entre professores e profissionais da saúde na realização de um jogo entre equipes de alunos. Foram realizados cinco grupos focais e nove entrevistas individuais com professores, profissionais de saúde, coordenadores pedagógicos e gestores de escola; e 20 grupos com oito a dez alunos de seis a oito anos de idade por grupo. A análise qualitativa deu visibilidade a mudanças nas relações institucionais intensificadas por práticas de grupalidade, repactuação permanente e por processos de implicação de si – de professores e de alunos – instaurados pela prática do jogo, com efeitos sobre a ampliação da potência para aprender.

REMOTO

Referências

Abramovay, M., & Castro, M. G. (2005). Drogas nas escolas: versão resumida (Relatório de Pesquisa/2005), Brasília: Unesco, Rede Pitágoras.

Aquino, J. G., & Ribeiro, C. R. (2009). Processos de governamentalização e a atualidade educacional: novas modulações normativas. Educação e Realidade, 34(2),1-16.

Bondía, J. L. (2002). Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, 19, 20-28.

Brasil. Coordenação Nacional de DST/Aids. (2000). Manual do multiplicador: adolescentes Brasília: Ministério da Saúde.

Canguilhem, G. (2009). O Normal e o Patológico, 6a ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Caron, E. (2019). Experimentações intensivas: psicofármacos e produção de si no contemporâneo (Tese de doutorado) Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Carvalho, A. F. (2014). Foucault e a crítica à institucionalização da Educação: implicações para as artes de governo. Pro-Posições, 25(2), 103-120.

Carvalho, S. R. (2015). Governamentalidade, ‘Sociedade Liberal Avançada’ e Saúde: diálogos com Nikolas Rose. Interface, 19(54), 647-58.

Deleuze, G. (1992). Conversações São Paulo: Editora 34.

Escóssia, L., & Kastrup, V. (2005). O conceito de coletivo como superação da dicotomia indivíduo-sociedade. Psicologia em Estudo, 10(2), 295-304.

Figueiredo, L. C. M. (2007). A Invenção do Psicológico: quatro séculos de subjetivação, 7a ed. São Paulo: Escuta.

Foucault, M. (1988). O Nascimento da medicina social. In Foucault, M. Microfísica do poder (pp. 79-98). 6a ed. Rio de Janeiro: Graal.

Foucault, M. (2004). Tecnologias de si. Verve, 6, 321-360.

Gallo, S. (2006). Cuidar de si e cuidar do outro. In Kohan, W.O., & Gondra, J. (Orgs.) Foucault 80 anos (pp. 177-190). Belo Horizonte: Autêntica.

Gallo, S. (2012). As múltiplas dimensões do aprender. Congresso de Educação Básica COEB, Florianópolis. Recuperado de http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/13_02_2012_10.54.50.a0ac3b8a140676ef8ae0dbf32e662762.pdf

Guattari, F. (1985). Revolução molecular: pulsações políticas do desejo, 2ª ed. Rio de Janeiro: Brasiliense.

Guerra, G., & Clark, N. (2010). Da coerção à coesão: Tratamento da dependência de drogas por meio de cuidados em saúde e não da punição Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. Recuperado de https://www.unodc.org/documents/lpo-brazil/noticias/2013/09/Da_coercao_a_coesao_portugues.pdf

Kellam, S. G., Wang, W., Mackenzie, A. C., Brown, C. H., Ompad, D. C., Or, F., ... & Windham, A. (2014). The Impact of the Good Behavior Game, a Universal Classroom-Based Preventive Intervention in First and Second Grades, on High-Risk Sexual Behaviors and Drug Abuse and Dependence Disorders into Young Adulthood. Prevention Science, 15(1), 6-18.

Kruppa, S. M. P., Caramelo, J., & Terrasêca, M. (2015). A autoavaliação pode fazer diferença na qualidade da educação: conversando com John MacBeath. Educ. Pesqui, 41(n.spe), 1601-1615.

Machado, A. M. (2014). Exercer a postura crítica: desafios no estágio em psicologia escolar Psicologia: Ciência e Profissão, 34(3), 760-773.

Machado, L. V., & Boarini, M. L. (2013). Políticas Sobre Drogas no Brasil: a Estratégia de Redução de Danos. Psicologia: Ciência e Profissão, 33(3), 580-595.

Medeiros, P. F. P., Cruz, J. I., Schneider, D. R., Sanudo, A., & Sanchez, Z. M. (2016). Process evaluation of the implementation of the Unplugged Program for drug use prevention in Brazilian schools. Substance abuse treatment, prevention, and policy, 11(2). Recuperado em 18 maio 2018, de https://substanceabusepolicy.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13011-015-0047-9

Passos, E., Kastrup, V., & Escóssia, L. (2009). Pistas do Método da Cartografia: Pesquisa-Intervenção e produção de subjetividade Porto Alegre: Sulina.

Peres, M. G., Grigolo, T. M., & Schneider, D. R. (2016). Percepções sobre um programa de prevenção ao uso de drogas nas escolas para o desenvolvimento de habilidades de vida. Saúde & Transformação Social, 6(1), 111-123.

Rose N. (1999). Governing the soul. The shaping of the private self. (2nd ed.) London, UK: Free Association Books.

Schneider, D. R., Pereira, A. P. D., Cruz, J. I.; Strelow, M., Chan, G.; Kurki, A., & Sanchez, Z. M. (2016). Avaliação da implementação em escolas brasileiras de um programa preventivo para crianças. Psicologia Ciência e Profissão, 36(3), 508-519.

Schilling, F., & Angelucci, C.B. (2016). Conflitos, violências, injustiças na escola? Caminhos possíveis para uma escola justa. Cadernos de Pesquisa, 46(161), 694-715.

Silva, N. M. A., & Freitas, A.S. (2015). A ética do cuidado de si no campo pedagógico brasileiro: modos de uso, ressonâncias e desafios. Pro-Posições, 26(1), 217-233.

Sofiato, C. G., & Angelucci, C. B. (2017). Educação inclusiva e seus desafios: uma conversa com David Rodrigues. Educ. Pesqui., 43(1), 281-295.

Teixeira, R. R. (2015). As dimensões da produção do comum e a saúde. Saúde e Sociedade, 24(1), 27-43.

United Nations on Drugs and Crime – Unodc (2015). International Standards on Drug Use Prevention Recuperado de https://www.unodc.org/documents/prevention/UNODC_2013_2015_international_standards_on_drug_use_prevention_E.pdf

Vadrucci, S., Vigna-Taglianti, F.D., Vassara, M., Scatigna, M., Faggiano, F. & Burkhart, G. (2016). The theoretical model of the school-based prevention program ‘Unplugged’. Global health promotion, 23(4), 49-58.

Vicentin, M. C. (2016). Criançar o descriançável. In Caderno de debates do Naapa: questões do cotidiano escolar (pp. 35-42). São Paulo: Secretaria Municipal de Educação/Coped.

Zorzanelli, R. T., Ortega, F., & Bezerra Júnior, B. (2014). Um pano­rama sobre as variações em torno do conceito de me­dicalização entre 1950-2010. Cien Saude Colet, 19(6):1859-1868.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Eduardo Caron, Adriana Marcondes Machado

Downloads

Não há dados estatísticos.