Banner Portal
Como pensar a sociedade de conhecimento?
PDF

Palavras-chave

Educação e tecnologia. Sociedade do conhecimento. Ciência e tecnologia. Sociologia da tecnologia

Como Citar

NUNES, João Arriscado. Como pensar a sociedade de conhecimento?. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 18, n. 1, p. 29–40, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643571. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Este artigo discute as sociedades do conhecimento, sociedades baseadas na informação, sociedades em rede, sociedades de risco. O artigo parte da constatação da centralidade da ciência e da tecnologia no mundo contemporâneo e do modo como elas transformaram profundamente a vida quotidiana, ao ponto de ser hoje praticamente impossível conceber o mundo sem elas. Entretanto, os conhecimentos e as tecnologias, incluindo o conhecimento científico-social, assumem múltiplas formas e são mobilizados, seja como modos de conferir ordem ao mundo, seja como recursos para a sua desestabilização e transformação. O papel dos cientistas em ciências sociais e humanas não é apenas contribuir para a explicação, a compreensão e a construção de respostas solidárias a estes problemas, mas se reconhecerem como co-produtores do mundo que estudam. Eles serão, assim, testemunhas articuladas num mundo em transformação.

Abstract:

This article brings a discussion on knowledge societies. They are endangered, information-based and web-based societies. Considerations start from verifying the centrality of science and technology in the contemporary world and how deeply they change everyday life. Changes are so intense that it is practically impossible to conceive the world without them. However, knowledges and technologies, including social-scientific knowledge, take multiple forms, and they are moved as ways of granting the world some order and as resources for its disarrangement and transformation. The role of scientists in social and human sciences is not only to contribute to explaining, understanding and building answers that are supportive to these problems, but also to see themselves as co-producers of the world they study. This way, they will be inter-related acting witnesses in a changing world.

Key words: Education and technology. Knowledge society. Science and technology. Technology sociology

PDF

Referências

BARRY, A. Political Machines. Governing a Technological Society. London: Athlone, 2001.

BOURDIEU, P. et al. La misère du monde. Paris: Seuil, 1993.

CALLON, M. Actor-network Theory: the market test. In: LAW, J.; HASSARD, J. (orgs.). Actor Network Theory and Beyond. Oxford: Sociological Reviex/Blackwell, 1999.

CALLON, M; PIERRE, L.; YANNICK, B. Agir dans um monde incertain. Essai sur la démocratie technique. Paris: Seuil, 2001.

DODIER, N. Leçons politiques de l´épidémie du sida. Paris: Editions de l´École des Hautes Etudes em Sciences Sociles, 2003.

DUBET, F. La galère: Jeunes em survie. Paris: Fayard, 1987.

DUBET, F. Violences à l’école et violence scolaire. In: ÉRIC, M. (coord.) Cosmopolitiques. Paris: 2002. cap. 2, p. 25-39.

HARDING, S. Is Science Multicultural? Postcolonialisms, Feminisms and Epistemologies. Bloomington: Indiana University Press, 1998.

HOFRICHTER, R. (org.). Reclaiming the Environmental Debate. Cambridge, Masschusetts: MITPress 2000.

LATOUR, B. Reassembling the Social. Oxford: Oxford University Press, 2005.

McADAM, D.; TARROW, S.; TILLY, C. Dynamics of Contention. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.

MACKENZIE, D. Physics and finance: S-Terms and modern finance as a topic for science studies. Science, technology and human values. 26. ed., 2001, cap. 2, p. 115-144.

MILLS, C. W. Situated action and vocabularies of motive. In: Américan sociological review.:, 1950. cap. 5, p. 904-913.

MILLS, C. W. The sociological imagination. New York: Oxford University Press, 1959.

MIROWSKI, P. The effortless economy of science?. Durham, North Carolina: Duke University Press, 2004.

MOUFFE, C. On the political. London: Routledge, 2005.

NUNES, J. A. Teoria crítica, cultura e ciência: o(s) espaço(s) e o(s) conhecimento(s) da globalização. In: SANTOS, B. S. Globalização: fatalidade ou utopia? Porto: Afrrontamento, 2001, p. 297-338.

NUNES, J. A. Da democracia técnica à cidadania cognitiva: a experimentação democrática nas “Sociedades de Conhecimento”. 2005 (no prelo).

PIGNARRE, P.; STENGERS, I. La sorcellerie capitaliste. Pratiques de désenvoûtement. Paris: La Découverte, 2005.

RANCIÈRE, J. La mésentente. Politique et philosophie. Paris: Paris, 1995.

ROUSE, J. Knowledge and power. Ithaca: Cornell University Press, 1987.

SANDRINE, R. La démocratie en débat. Paris: Armand Colin, 2004.

SANTOS, B. S. (org.). Democratizar a democracia. Os caminhos da democracia participativa. Porto: Afrontamento / Rio de Janeiro: Civilização, 2003a.

SANTOS, B. S. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. In: SANTOS, B. S. (org). Conhecimento prudente para uma vida decente. Porto: Afrontamento / São Paulo: Cortez, 2003b, p. 735-775.

SANTOS, B. S. (org.). Semear outras soluções. Os caminhos da biodiversidade e dos conhecimentos rivais. Porto: Afrontamento / Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004a.

SANTOS, B. S. (org.). Reconhecer para libertar. Os caminhos do cosmopolitismo multicultural. Porto: Afrontamento / Rio de Janeiro: Civilização, 2004b.

SANTOS, B. S.; NUNES, J. A. (orgs.). Reinventing democracy. Grassroots movements in Portugal. London: Routledge, 2005.

SANTOS, B.S. RODRIGUEZ-GARAVITO, C. (orgs.). Law and globalization from below. Cambridge: Cambridge University Press, 2005.

STENGER, I. Cosmopolitiques. 7 ed. Paris: Les Empêcheurs de penser em Rond/La déocuverte, 1996/97.

Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.