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Incluir para saber. Saber para excluir
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VEIGA-NETO, Alfredo. Incluir para saber. Saber para excluir. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 12, n. 2-3, p. 22–31, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643993. Acesso em: 17 jul. 2024.

Abstract

O texto discute, a partir principalmente das contribuições de Michel Foucault e Zygmunt Bauman, alguns aspectos acerca da construção moderna da normalidade e a sua relação com as dificuldades que enfrentam as políticas que pretendem a inclusão escolar dos anormais. O anormal é tematizado como uma categoria envolvida com a "vontade de ordem" - uma vontade que caracteriza a Modernidade - e, por isso mesmo, uma categoria discursiva e socialmente construída que está envolvida no reconhecimento do próprio normal. A partir daí, mais do que apontar soluções, o texto problematiza as operações de inclusão como, entre outras coisas, uma forma de ativar o biopoder e, com isso, potencializar os nexos entre os gestores da burocracia do Estado e os novos experts que surgiram a partir do século XVIII. Nessa perspectiva, são feitas algumas referências às questões éticas e econômicas e aos dispositivos culturais - que incluem artefatos e práticas de expertise - envolvidos nas políticas de inclusão.

Summary: Orawing on Michel Foucault and Zygmunt Bauman's work, the paper discusses some aspects of the modern construction of normality in it's relations with the difficulties of school policies of abnormal's inclusion. Taking the abnormal as a discoursive and social construction, as a category envolved with the "will to order" and, by the way, implicated in the recognition of the

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