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Cinema, Arte da Cidade
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Como Citar

ALMEIDA, Milton José. Cinema, Arte da Cidade. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 10, n. 1, p. 158–162, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8644107. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

o cinema é imagem e produto do viver urbano, ao falarmos em cidade falamos ao mesmo tempo em cinema. Os habitantes urbanos olham-se e se deixam olhar em imagens projetadas por sobre suas cabeças numa tela à sua frente. Não poderiam entendê-Ias, se as cidades, há muito, não se estivessem fazendo como cenário em movimento e seus habitantes como personagens de narrativas de autores distantes e anô- nimos: o capital e o estado, narradores auto-designados da ficção da Pólis. A separação gradativa entre o trabalhador e o produto e local de trabalho, a dominância da produ- ção em série, a compressão do espaço de moradia, o traçado das ruas seguindo o automóvel e o comércio, o aglomerar em seqüência de escritórios e lojas, o desvincular do tempo das estações do ano e a vinculação do tempo ao sentido do espaço das cidades para o cumprimento de tarefas urbanas comprimidas por diferentes horários, o pouco tempo para a lentidão do devaneio e da imaginação fazendo-se em meio ao tempo comprimido nos espaços andados, coordenados pelo movimento da cidade, são for- ças históricas, econômicas e sociais e bases materiais para a divisão e dispersão do homem urbano em si mesmo e entre os outros, que por isso sonha a integração e a inteireza, como angústia e utopia.
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Referências

Gagnebin,].M. (1994).História e narração em !Vá/ter Benjamin. São Paulo: Perspectiva.

Jameson, F. (1995). Entrevista. Folha de S. Pau/o, São Paulo. 19 de novembro. Caderno "Mais!" Samuels, A. (1995). A psique política. Rio de Janeiro: Imago.

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