Abstract
Este ensaio procura fazer a ideia de “alternativo” deslizar sobre a cadeia significante: ao buscar os seus limites, quer ventilar novos sentidos, dar vazão aos seus acontecimentos e devires vivos. Sendo fomentada no con-texto da contracultura e institucionalizada na educação por meio das “escolas alternativas”, pretende-se pensá-la nos seus movimentos, como um movimento, não uma escola. O “alternativo” seria, assim, uma linha de fuga aos processos educativos institucionalizados que retêm as suas potências expressivas numa dimensão programática – quando o mecânico toma o lugar do maquínico. É testada, no limite, a hipótese de uma pedagogia potencial, alimentada eticamente pelos bons encontros e na força da liberdade, aquilo que afete o pensamento e desencadeie a capacidade de agir dos sujeitos pré-larvares, inacabados, em equilíbrio metaestável.References
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