Banner Portal
Classe social e conflito na implementação de prescrições curriculares para o ensino de arte
Acesso Remoto
Acesso Remoto (English)

Palavras-chave

Educação e desigualdades
Currículo
Trabalho do professor
Ensino de arte
Ensino fundamental.

Como Citar

ERNICA, Mauricio; TORTORELLI, Nicolli Maronese. Classe social e conflito na implementação de prescrições curriculares para o ensino de arte. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 30, p. 1–27, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8658082. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Interessado no debate sobre educação e desigualdades, o artigo tem por objetivo discutir o processo de afirmação de uma dada cultura e de determinados modos de sua transmissão, como aqueles que o Estado, por seu poder, determina que o sistema de ensino deverá assumir. Assim, pesquisamos quatro mediações, analisadas como relações conflituosas, pelas quais as prescrições curriculares oficiais procuram se impor e legitimar no cotidiano de escolas públicas, organizando o trabalho do professor. As conclusões estão orientadas por uma ideia central: tais prescrições procuram universalizar a cultura e as disposições estéticas das elites letradas, sem discutir suas condições sociais de produção, reprodução e difusão.

Acesso Remoto
Acesso Remoto (English)

Referências

Almeida, A. M. F. (2009). As escolas dos dirigentes paulistas: ensino médio, vestibular, desigualdade social. Belo Horizonte: Argvmentvm.

Alves, M. T. G., Soares, J. F., & Xavier, F. (2016). Desigualdades educacionais no ensino fundamental de 2005 a 2016: hiato entre grupos sociais. Revista Brasileira de Sociologia, 4(7), 49-81.

Barbosa, A. M. (1989). Arte-Educação no Brasil: realidade hoje e expectativas futuras. Estudos Avançados, 3(7), 170-182.

Bobbio, N. (1993). Igualdad y liberdad. Barcelona: Paidós Ibérica.

Bourdieu, P., & Passeron, J.-C. (2008). A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Petrópolis: Vozes.

Bourdieu, P. (1983). Gostos de classe e estilos de vida. In R. Ortiz (Org.), Pierre Bourdieu: sociologia (pp. 73-111). São Paulo: Ática.

Bourdieu, P. (2007). Meditações pascalianas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Bourdieu, P. (2011). Gênese histórica de uma estética pura. In O poder simbólico (pp. 281-298). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. (1998). Parâmetros curriculares nacionais: arte. Brasília.

Chervel, A. (1988). L’histoires des disciplines scolaires: reflexions sur un domaine de recherche. Histoire de l’Éducation, 38, 59-119.

Dolz, J., & Ellagnier, E. (Orgs.). (2004). O enigma da competência em educação. Porto Alegre: Artmed. Fundação Seade. (2010). Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS). Recuperado de http://indices-ilp.al.sp.gov.br/view/index.php?prodCod=2.
Goodson, I. (1997). A história social das disciplinas escolares. In A construção social do currículo (pp. 17-26). Lisboa: Educa.

Goodson, I. F., & Dowbiggin, I. (1995). História do currículo, profissionalização e organização social do conhecimento: um paradigma alargado para a história da educação. In I. Goodson, Currículo: teoria e história (pp. 97-115). Petrópolis: Vozes.

Hasenbalg, C. (2003). A transição da escola ao mercado de trabalho. In C Hasenbalg, & N. Valle Silva, Origens e destinos: desigualdades sociais ao longo da vida (pp. 147-172). Rio de Janeiro: Topbooks.

Julia, D. (2001). A cultura escolar como objeto histórico. Revista Brasileira de História da Educação, 1, 9-44.

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. (1996, 23 de dezembro). Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, seção 1.

Menezes Filho, N., & Kirschbaum, C. (2015). Educação e desigualdade no Brasil. In M. Arretche (Org.), Trajetória das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos (pp. 109- 132). São Paulo: Editora Unesp, Centro de Estudos da Metrópole.

Mont’Alvão Neto, A. L. (2011). Estratificação educacional no Brasil do século XXI. Dados: Revista de Ciências Sociais, 54(2), 389-430.

Moreira, A. F., & Tadeu, T. (2011). Sociologia e teoria crítica do currículo: uma introdução. In Currículo, cultura e sociedade (pp. 13-47). São Paulo: Cortez.

Ribeiro, C. A. C. (2003). Estrutura de classes, condições de vida e oportunidades de mobilidade social no Brasil. In C. Hasenbalg, & N. Valle Silva, Origens e destinos: desigualdades sociais ao longo da vida (pp. 381-430). Rio de Janeiro: Topbooks.

Ribeiro, C. A. C., Ceneviva, R., & Brito, M. M. A. (2015). Estratificação educacional entre jovens no Brasil: 1960 a 2010. In M. Arretche (Org.), Trajetória das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos (pp. 79-108). São Paulo: Editora Unesp, Centro de Estudos da Metrópole.

São Paulo (Estado). Secretaria da Educação. (2012). Currículo do Estado de São Paulo: linguagens, códigos e suas tecnologias (2a ed.). São Paulo.

Viñao, A. (2008). A história das disciplinas escolares. Revista Brasileira de História da Educação, 18, 173-215.

Proposições utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.