Resumo
Em contraste com os pressupostos teóricos “humanos” ou “pós-humanos” acerca da literatura e de seu lugar institucional, o presente ensaio propõe-se a estabelecer uma leitura “negativa” ou “improdutiva” do ensino literário. Para tanto, o texto divide-se em dois momentos fundamentais: primeiro, examina a temporalidade que a literatura exige, quando do contato efetivo com os objetos; a seguir, o ensaio volta-se para o processo de “saída de si” que a literatura inaugura, quando da entrega à especificidade dos artefatos. Em suma, defender uma leitura “negativa” da literatura não significa esvaziá-la de qualquer dimensão ética; pelo contrário, a “negatividade” do literário responde a uma tarefa política urgente para o tempo presente.
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