Resumo
Este texto tem como objetivo compreender, a partir de narrativas de mulheres lésbicas do interior do estado de São Paulo, os modos como se articulam as performatividades de gênero e as trajetórias educacionais. Para tanto, realizaram-se sete entrevistas abertas de caráter narrativo que foram problematizadas a partir das contribuições dos Estudos de Gênero com Perspectiva Feminista. Com os dados construídos no decorrer deste estudo, chegou-se à conclusão de que a visibilidade e a hipervisibilidade estavam condicionadas às performatividades de gênero das participantes e que suas corporalidades foram observadas, controladas, negociadas, refutadas e educadas de tal modo que a lesbofobia atuou como recurso educativo.
Referências
Ballesteros, G. D. (2010). Investigacio?n feminista: epistemologi?a, metodologi?a y representaciones sociales (Cap. IX, pp. 154-183). CEIICH.
Bento, B. (2011). Stonewall 40+ o que no Brasil? (Cap. v, pp. 79-110). EDUFBA.
Bordo, S. (1997). O corpo e a reprodução da feminidade: uma apropriação feminista de Foucault (Cap. I, pp. 19-41). Record; Rosa dos Tempos.
Borrillo, D. (2010). Homofobia: História e crítica de um preconceito Autêntica.
Braidotti, R. (1994). Mothers, Monsters and Machines (Cap. iii, pp. 75-95). Columbia University Press.
Britzman, D. (1996). O que é esta coisa chamada amor – identidade homossexual, educação e currículo. Revista Educação e Realidade, 21(1), 71-96.
Butler, J. (2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade Civilização Brasileira.
Butler, J. (2004). Deshacer el género Paidós.
Butler, J. (2015). Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Caetano, M. (2016). Performatividades reguladas: heteronormatividade, narrativas biográficas e educação Appris.
Cornejo, G. (2012). A guerra declarada contra o menino afeminado (Cap. iv pp. 69-78). Autêntica; Editora UFOP.
Crawford, C. (2012). “It’s a girl thing” problematizing female sexuality, gender and lesbophobia in Caribbean culture. https://www.caribbeanhomophobias.org/itsagirlthing.
Dias, D. M. (2014). Brincar de gênero, uma conversa com Berenice Bento. Cad. Pagu, 43, 475-497.
Eribon, D. (2008). Reflexões sobre a questão gay Companhia de Freud.
Gimeno, B. (2005). Historia y análisis político del lesbianismo: la liberación de una generación Gedisa.
Gimeno, B. (2008). La construcción de la lesbiana perversa: Visibilidad y representación de las lesbianas en los medios de comunicación. El caso Dolores Vázquez – Wannikhof Gedisa.
Gimeno, B. (2010). La doble marginación de las lesbianas (Cap I, pp. 19-26). Laertes.
Halberstam, J. (2008). Masculinidad femenina E. Egales.
Lamas, M. (2015). ¿Mujeres juntas?: reflexiones sobre las relaciones conflictivas entre compañeras y los retos para alcanzar acuerdos políticos Inmujeres; ILS.
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (1990). Estatuto da Criança e do Adolescente. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (1996). Lei de diretrizes e bases da educação nacional. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
Lorenzo, A. A. (2003). Identidades lésbicas y cultura feminista: una investigación antropológica Plaza y Valdes.
Lorenzo, A. A. (2012). La construcción cultural de la lesbofobia. Una aproximación desde la antropología (Cap. VII, pp. 125-146). UNAM, Centro de Investigaciones Interdisciplinarias en Ciencias y Humanidades.
Meinerz, N. E. (2005). Mulheres e masculinidades: etnografia sobre afinidades de gênero no contexto de parceiras homoeróticas entre mulheres de grupos populares em Porto Alegre (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Mogrovejo, N. (2006). ¿Literatura lésbica o lesboerotismo? https://portalweb.uacm.edu.mx/uacm/Portals/3/4%20Documentos/III%20ENCUENTRO%20DE%20ESCRITOR@S%20SOBRE%20DISIDENCIA%20SEXUAL%20E%20IDENTIDADES%20SEXUALES%20Y%20GEN%C3%89RICAS/Identidades%20sexuales%20y%20lesbianismo/norma-mogrovejo.pdf
Molinier, P., & Welzer-Lang, D. (2009). Feminilidade, masculinidade, virilidade (Cap. XVI, pp. 122-128). Editora UNESP.
Moreno, A. (1986). El arquetipo viril protagonista de la história: ejercícios de lectura androcéntrica Ediciones LaSal.
Neves, L. (2011). Claudia Jimenez diz que rejeição fez aflorar seu lado cômico. Folha de S. Paulo, 13 de março de 2011. Folha Ilustrada. http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2011/03/887398-claudia-jimenez-diz-que-rejeicao-fez-aflorar-seu-lado-comico.shtml
Pelúcio, L. M. (2011). Travestis, a (re) construção do feminino: gênero, corpo e sexualidade em um espaço ambíguo. Revista AntHropológicas, 15(1), 123-154.
Pereira, M. M. (2012). Fazendo género no recreio: a negociação do género em espaço escolar Imprensa de Ciências Sociais.
Peres, W. S. (2010) Travestis: corpos nômades, sexualidades múltiplas e direitos políticos (Cap. IV, pp. 69-104). Oficina Universitária.
Platero, R. L (2009). La masculinidad de las biomujeres: marimachos, chicazos, camioneras y otras disidentes http://www.feministas.org/IMG/pdf/La_masculinidad_de_las_biomujeresPlatero.pdf
Platero, R. L. (2010). Entre la invisibilidad y la igualdad formal: perspectivas feministas ante la representación del lesbianismo en el matrimonio homosexual (Cap. XX, pp. 85-106). Laertes.
Ponce, A. F. (2014). La belleza cuesta. De los TIPs a la cirugía estética. ¿Cuál es la promesa que se persigue? (Cap. IV, pp. 112-151). La Cifra.
Rich, A. (2010). Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Bagoas, 4(5), 17-44.
Rubin, G (1989). Reflexionando sobre el sexo: notas para una teoría radical de la sexualidad (Cap. X, pp. 113-190). Revolución Madrid.
Rubin, G. (1993). O tráfico de mulheres: notas sobre a “Economia Política” do sexo SOS Corpo.
Sau, V. (2000). Diccionario ideológico feminista Icaria.
Silva, P. M. (2014). Quando as questões de gênero, sexualidades, masculinidades e raça interrogam as práticas curriculares: um olhar sobre o processo de co/construção das identidades no cotidiano escolar (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Swain, T. N. (2000). O que é lesbianismo Brasiliense.
Swain, T. N. (2006). A desconstrução das evidências: perspectivas feministas e foucaultianas (Cap. VII, pp. 119-137). EDUNESP; FAPESP.
Viñuales, O. (2002). Lesbofobia Barcelona: Bellaterra.
Wittig, M. (2006). El pensamiento heterosexual (Cap. III, pp. 45-57). Editora Egales.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2022 Pro-Posições