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A arqueologia entre o jogo acadêmico e a desesperança
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Palavras-chave

Arqueologia brasileira
Comunidade arqueológica
Perfil profissional
Políticas acadêmicas

Como Citar

GOMES, Jaqueline; PASSOS, Lara de Paula. A arqueologia entre o jogo acadêmico e a desesperança. Revista Arqueologia Pública, Campinas, SP, v. 17, n. 00, p. e022004, 2022. DOI: 10.20396/rap.v17i00.8663907. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rap/article/view/8663907. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Partindo de um incômodo pessoal construímos o presente texto procurando refletir sobre as redes acadêmicas operadas nos cursos de Arqueologia em universidades públicas brasileiras. Acessando os sites dos departamentos e programas de pós-graduação em Arqueologia e/ou Antropologia (com concentração em Arqueologia) e a Plataforma Sucupira, coletamos informações sobre docentes titulares e suas respectivas instituições de formação (mestrado e/ou doutorado). Foi possível vislumbrar tendências de “vínculos” entre programas e departamentos específicos, cujos números evidenciam sistemáticas desigualdades e hierarquias, que em nossa análise, podem ser explicadas por influências de instituições tradicionais de formação, bem como redes acionadas por relações docentes de elevado prestígio acadêmico. Contextualizamos tais dados considerando aspectos de gênero, étnicos, de classe e geopolíticos, e acreditamos que podem contribuir para um debate amplo que deve ser feito sobre reprodução de desigualdades nos espaços institucionalizados da prática arqueológica no caso brasileiro.

https://doi.org/10.20396/rap.v17i00.8663907
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