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Educação para a conscientização
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Palavras-chave

Paulo Freire
Alfabetização
Entrevista
Arqueologia da consciência

Como Citar

VALLE, Ana Luiza Rocha do; BUSICO, Franciele. Educação para a conscientização: uma conversa com Paulo Freire. Revista Arqueologia Pública, Campinas, SP, v. 16, n. 2, p. 206–218, 2021. DOI: 10.20396/rap.v16i2.8666548. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rap/article/view/8666548. Acesso em: 9 dez. 2024.

Resumo

Paulo Freire nasceu em 1920, em Recife, Brasil. Em 1947, ele começou a trabalhar com adultos analfabetos no Nordeste do Brasil, e gradualmente aprimorou um método de trabalho com o qual a palavra conscientização* tem sido associada. Até 1964, ele era professor de História e Filosofia da Educação na Universidade de Recife e, nos anos sessenta, se envolveu em um movimento de educação popular para lidar com o analfabetismo em massa. A partir de 1962, houve ampla experimentação do seu método e o movimento estendeu-se com o apoio do Governo Federal, de modo que em 1963-64 havia cursos para coordenadores em todos os estados brasileiros e desenhou-se um plano para que 2000 Círculos de Cultura fossem estabelecidos, visando alcançar 2.000.000 de analfabetos!

Freire foi preso após o golpe de estado de 1964, em função do que a “nova ordem” considerou como elementos subversivos em seu trabalho como professor. Ele partiu em seguida para o exílio no Chile, onde seu método foi utilizado e a School of Political Sciences, da ONU, apresentou seminários sobre seu trabalho. Em 1969-70, ele foi Professor Visitante no Center for the Study of Development and Social Change, de Harvard. Em 1970 ele assumiu o posto de consultor especial no Escritório de Educação do Conselho Mundial de Igrejas, em Genebra.

Professor Freire é casado e tem cinco filhos. Seus textos incluem vários livros e artigos em português, francês, espanhol e alemão. Em inglês, a Harvard Education Review(em maio e setembro de 1970), publicou Cultural Action for Freedom e, em novembro de 1970, a Herder & Herder, em Nova York, publicou Pedagogy of the Oppressed.

Esta entrevista ocorreu em Genebra, aos 15 de novembro de 1970.

https://doi.org/10.20396/rap.v16i2.8666548
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Referências

CHARDIN, Teilhard de. O Fenômeno Humano. São Paulo: Cultrix, 1988.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 14. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1983.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 7.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

STRECK, Danilo R; REDIN, Euclides; ZITKOSKI, Jaime José (Orgs.). Dicionário Paulo Freire. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. Disponível em: http://www.famep.com.br/repositorio/ebook/Dicionario-Paulo-Freire-versao-1.pdf Último acesso em: 30 jul 2021.

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