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Traduzir O estrangeiro, de Albert Camus: pensar a luz estrangeira na literatura em prosa
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Camus. O estrangeiro. Tradução.

Cómo citar

ABES, Gilles Jean. Traduzir O estrangeiro, de Albert Camus: pensar a luz estrangeira na literatura em prosa. Remate de Males, Campinas, SP, v. 38, n. 2, p. 683–702, 2018. DOI: 10.20396/remate.v38i2.8652369. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8652369. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumen

O objetivo deste artigo é apresentar uma leitura da novela O estrangeiro, de Albert Camus, publicado pela primeira vez em 1942, pautado no conceito de “lumière étrangère” [luz estrangeira], advindo das artes plásticas. A análise do protagonista é crucial e tem como base obras de José Régio, D. H. Lawrence ou ainda cartas de Mário de Andrade. Num segundo momento, pretende-se detalhar o gesto singular que emana da tradução dessa obra e que busca assimilar conscientemente aquele elemento estrangeiro. Em seguida, será necessário ressaltar as divergências da nossa tradução para o português brasileiro, com as que estão disponíveis no mercado, para mostrar que o elemento estrangeiro pode provocar um grande desconforto para o tradutor, que tenderá a neutralizá-lo. Num terceiro momento, procura-se estabelecer uma reflexão, a partir do exercício tradutório, para ressaltar problemas específicos à tradução de textos literários em prosa. Essa reflexão passa por teóricos como Antoine Berman e Haroldo de Campos, notadamente na problematização dos conceitos de “informação semântica” e “informação estética”, elaborados por Max Bense.
https://doi.org/10.20396/remate.v38i2.8652369
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