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Disrupção subjetiva e crítica social: surrealismo e imagens de pensamento benjaminianas
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Palavras-chave

Surrealismo. Imagem de pensamento. História

Como Citar

MACHADO, Francisco de Ambrosis Pinheiro. Disrupção subjetiva e crítica social: surrealismo e imagens de pensamento benjaminianas. Filosofia e Educação, Campinas, SP, v. 8, n. 1, p. 92–111, 2016. DOI: 10.20396/rfe.v8i1.8643693. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rfe/article/view/8643693. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

A vanguarda surrealista, em suas manifestações literárias e artísticas dos anos 1920, explorava as imagens de caráter disruptivo como uma forma de transformar a arte e a vida cotidiana. Influenciado pelos surrealistas, Walter Benjamin, em seu livro Rua de mão única, publicado em 1928, elaborou um diagnóstico crítico de seu presente histórico e apontou o caminho para uma possível transformação do mesmo, explorando uma forma filosófico-literária que denominou imagem de pensamento (Denkbild). Pressupondo a fundamental influência do surrealismo nesta e em toda a obra posterior de Benjamin, o presente artigo, não obstante, tem como objetivo apresentar brevemente algumas diferenças importantes entre estas posturas, a saber: que as imagens de pensamento benjaminianas abordam de modo mais radical o vínculo das experiências disruptivas subjetivas com uma dimensão coletiva, histórica e social. A diferenciação destes dois casos de revalorização filosófica da imagem traz elementos importantes para se pensar o papel da imagem na educação e em que medida a própria imagem pode abrir espaço a uma crítica da sociedade do espetáculo e das mídias de massa em que vivemos.

https://doi.org/10.20396/rfe.v8i1.8643693
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