Palavras-chave
Saúde
Contexto ambiental
Currículo
Como Citar
Resumo
Introdução: A ambientalização curricular no ensino superior requer uma visão complexa das multidimensionalidades envolvidas na problemática ambiental e a integração entre setores de ensino, pesquisa, extensão e gestão. Objetivo: O objetivo do artigo é discutir a inserção ambiental em cursos de graduação a partir da análise integrativa de artigos que tratam do tema no currículo dos cursos da área da Saúde. Metodologia: Foram rastreados artigos em três bases de dados: o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Rede de Ambientalização e Sustentabilidade no Ensino Superior (RASES) e o Google Acadêmico. Para esta busca foram usados como descritores os termos: “Ambientalização no Ensino Superior”, "Ambientalização-graduação-saúde”, “Educação ambiental na graduação em saúde”, “Ambientalização, currículo, ensino superior”, “Ambientalização e currículo na graduação”, “Ambientalização e graduação”. Resultados: Os resultados relativos à ambientalização curricular no Ensino Superior referem-se a 62 artigos, dos quais somente oito referem-se aos cursos da área da Saúde, que são aprofundados neste artigo. Os dados foram tratados por meio da análise textual qualitativa. Conclusão: Evidenciou-se, a partir da análise integrativa, que a ambientalização curricular nos cursos de Saúde, apesar de ser considerada imprescindível para esses profissionais, em virtude da natureza da relação entre a área de formação e o ambiente, não está sendo efetivada no sentido de aprofundar estas intersecções.
Referências
APPLE, Michael W. Ideologia e Currículo. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BARBON, Evelyn P.; NEUENFELDT, Derli, J. Trilhas sensitivas e interpretativas como processo de formação ecológica de estudantes de ensino fundamental. Signos, Lajeado, ano 40, n. 2, p. 94-111, 2019.
BRASIL, Ministério da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/legislacoes>. Acesso em: 06 de fev. 2020.
BRASIL, Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação – CNE. Resolução n. 2 de 15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Brasília: MEC/CNE, 2012a.
BRASIL, Ministério da Saúde. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm>. Acesso em: 08 fev.2020.
BRASIL, Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde (SUS): estrutura, princípios e como funciona. Disponível em https://www.saude.gov.br/ sistema-unico-de-saude. Acesso em: 19 ago 2020
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Lei. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em 08 fev.2020.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, 1992. Disponível em:<https://www.mma.gov.br/destaques/item/8068-tratado-de-educa%C3%A7%C3%A3o-ambiental-para-sociedades-sustent%C3%A1veis-e-responsabilidade-global>. Acesso em: 09 de fev.2020.
CARVALHO, Isabel C. de Moura. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. Editora Cortez, 2012.
CAVALCANTI, C (Org.). Desenvolvimento e Natureza: Estudos para uma sociedade sustentável. 5. ed. São Paulo: Cortez; Recife, PE: Fundação Joaquim Nabuco, 2009.
CHAUÍ, Marilena. A universidade pública sob nova perspectiva. Revista brasileira de educação, n. 24, p. 5-15, 2003.
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CNUMAD). Agenda 21. São Paulo: Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 1992.
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL. Guia Rio+20. CEBDS, FBDS. 2012. Disponível em https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/files/14773/1560689590Guia-Rio--20.pdf. Acesso em 29/07/2020.
COSTA, Marisa Vorraber et al. O currículo nos limiares do contemporâneo. 4. ed. Rio de Janeiro. DP&A. 2005.
FIGUEIREDO, Mara Lúcia.et al. Educação para ambientalização curricular: diálogos necessários. São José: ICEP editora, 200 p., 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
GUATTARI, Félix. As três ecologias. 11. ed. Campinas: Papirus, 2001.
GUERRA, Antonio Fernando Silveira et al. A temática ambiental e a sustentabilidade nos cursos de graduação da UNIVALI: caminhos para a ambientalização curricular na universidade. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, p. 121-134, 2014.
JUNYENT, Mercè; BONIL, Josep; CALAFELL, Genina. Evaluar la ambientalización curricular de los estudios superiores: un análisis de la red edusost. Ensino Em Re-Vista, v.18, n.2, p.323-340, jul./dez. 2011.
LEFF, E. Pensar a complexidade ambiental. In: LEFF, E. (Org.). A Complexidade ambiental. São Paulo: Cortez, 2003.
LEFF, Enrique. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Tradução de Lúcia MathildeEndlich Orth. 6 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento. Campinas: Psy, 1995.
MAYOR, F. Preparar um futuro viável: ensino superior e desenvolvimento sustentável. In: Conferência mundial sobre o ensino superior. Tendências de educação superior para o século XXI. Anais da Conferência Mundial do Ensino Superior. Paris: 1998.
MORAES, Roque. Mergulhos discursivos: análise textual qualitativa entendida como processo integrado de aprender, comunicar e interferir em discursos. In: GALIAZZI, Maria do Carmo; FREITAS, José Vicente. Metodologias emergentes de pesquisa em Educação Ambiental. Ijuí: Unijuí, 2007, p. 85-114.
MORIN, E. Os Sete Saberes necessário à Educação do Futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.
MORIN, E. Educação e complexidade: os setes saberes e outros ensaios. Org. Almeida, Maria da Conceição de; Carvalho, Edgar de Assis. Editora Cortez, 4ª edição. São Paulo. 2007
NAÇÕES UNIDAS DO BRASIL. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Disponível em (https://nacoesunidas.org/pos2015/ods4/ acessado em 18/08/2020)
NASCIMENTO, Marcelo de M & ; MOURA, Fernando A.V.Corrida de aventura: uma ação de extensão na graduação em Educação Física da Universidade Federal do Vale do São Francisco-Pe. Revista Conexao, Ponta Grossa, v. 13 n.2, maio/ago. 2017.
PASSETTI, Edson. Anarquismo e sociedade de controle. São Paulo, Cortez, 2003.
PERES, Roger Rodrigues et al. Educação ambiental para docentes enfermeiros: percepção e relação com a formação do enfermeiro. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 36, p. 85-93, 2015.
PERES, Roger Rodrigues et al. Saúde e ambiente:(in) visibilidades e (des) continuidade na formação profissional em enfermagem. Escola Anna Nery, v. 20, n. 1, p. 25-32, 2016.
PETRAGLIA, I. C. Interdisciplinaridade. São Paulo. Pioneira. 1993.
RINK, Juliana. Ambientalização curricular na educação superior: tendências reveladas pela pesquisa acadêmica brasileira (1987-2009). Campinas-SP: Unicamp, 2014.
RINK, Juliana; MEGID NETO, J. Ambientalização curricular no ensino superior e formação de professores/educadores ambientais: um panorama das teses e dissertações brasileiras (1987-2009). In: Encontro Pesquisa Em Educação Ambiental, 7. Rio Claro - S, p. 1-12, 2013.
RODRIGUES, Cae. A ambientalização curricular de programas de Educação Física em universidades federais do Brasil. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 29, n. 3, p. 421-437, 2015.
SENA, Janaina et al. Una práctica pedagógica a través de la racionalidad social y ambiental: un ensayo teórico sobre la formación del enfermero. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 19, n. 3, p. 570-577, 2010.
SILVA, A.D.V. da ; MARCOMIN, F. E. A universidade sustentável: alguns elementos para a ambientalização do ensino superior a partir da realidade brasileira. Disponível em: <http://www.ceida.org/CD_CONGRESO_lus/documentacion_ea/comunicacions/EA_e _Universidade/DiasVieiradaSilvaAlberto_Marco-mimElizabeti.html>. Acesso em: 06 mar.2019.
SOFFIATI, Arthur. Fundamentos filosóficos e históricos para o exercício da ecocidadania e da ecoeducação, In: LOUREIRO, Carlos F.B.; LAYRARQUES, Philippe P.; CASTRO, Ronaldo de Souza. Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania. 5. Ed. São Paulo. Cortez, 2011.
STUMPF, Ida Regina C. Pesquisa bibliográfica. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação, 2.ed. São Paulo, Atlas, 2008.
VIEZZER, Moema. 25 Anos do tratado de Educação Ambiental. In: GUERRA, Antonio Fernando Silveira e FIGUEIREDO, Mara Lúcia (Org). Diálogos de Saberes e Fazeres: Uma releitura dos 25 anos da trajetória da Educação Ambiental brasileira. São José, ICEP, 2017. 490 p.: il. E-book
ZABALA, Antony. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar. Porto Alegre, RS: Artmed, 2002.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 Ildoana Oliveira, Jane Mazzarino, Lucia Ceccato de Lima
Downloads
