Resumo
Com a proximidade das comemorações, em 2008, dos duzentos anos da transferência da família real portuguesa para o Rio de Janeiro – episódio único, que transformou a cidade colonial em Corte e sede de uma monarquia pluricontinental – o processo de construção de uma capital nos trópicos, e o conceito de capitalidade associado a esta dinâmica, emergem como objeto de investigação de historiadores, arquitetos, urbanistas, geógrafos e demais pesquisadores ocupados com o tema da cidade. Este artigo pretende contribuir para essa discussão, ao refletir sobre a trajetória específica da cidade do Rio de Janeiro ao longo do século XVIII, e ao levantar hipóteses sobre o que teria determinado sua escolha como novo centro e sede da monarquia lusa. Visa a demonstrar, enfim, que antes mesmo de 1808 a cidade de São Sebastião exercia uma capitalidade.
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