Banner Portal
O saber médico e a utopia da cidade higiênica no contexto luso-brasileiro (1750-1800)
PDF

Palavras-chave

Cidade. Higiene. Medicina luso-brasileira.

Como Citar

ABREU, Jean Luiz Neves de. O saber médico e a utopia da cidade higiênica no contexto luso-brasileiro (1750-1800). URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade, Campinas, SP, v. 4, n. 1, p. 172–187, 2012. DOI: 10.20396/urbana.v4i1.8635156. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8635156. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

A partir de tratados e memórias de medicina, esse artigo busca compreender o olhar médico produzido sobre as cidades entre metade do século XVIII e início do XIX. Procura-se discutir as relações entre os fundamentos científicos da medicina e a constituição de um discurso de cunho higiênico produzido sobre o espaço urbano, bem como os sentidos que o saber médico relativo essa questão assumiu no contexto luso-brasileiro.
https://doi.org/10.20396/urbana.v4i1.8635156
PDF

Referências

ARAÚJO, Ana Cristina. Ilustração, pedagogia e ciência em Antônio Nunes Ribeiro Sanches. Revista de História e teoria das idéias.Revoltas e revolução, Coimbra. Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra, v. 6, p. 377-395, 1984.

ARNOLD, David (2000). La natureza como problema histórico. El médio, La cultura y La expansión de Europa. México: Fundo de Cultura Económica.

AYRES, José Ricardo de Carvalho Mesquita (2001). A saúde coletiva e o espaço público moderno: raízes histórico-sociais da ciência epidemiológica, Projeto história, São Paulo, n.23, p. 83-103, Nov.

BACON, Francis (1979). Nova Atlântida. São Paulo: Abril Cultural.

BRANDÃO, Carlos Antônio (2000). Quid Tum? O combate da arte em Leon Batista Alberti. Belo Horizonte: Editora UFMG.

CAPONI, Sandra (2002). Miasmas, micróbios y conventillos. Asclepio, v. 54, n.1, p. 155-182.

CARNEIRO, Ana; SIMÕES, Ana. DIOGO; Maria Paula (2000). Enlightenment Science in Portugal: The estrangeirados and their communication networks. Social Studies of Science, 30, 4, p. 591-619.

CARVALHO, Rômulo de (1987). História do ensino em Portugal: desde a fundação da nacionalidade até o fim do regime de Salazar-Caetano. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

CHALHOUB, Sidney (1996). Cidade febril: cortiços e epidemias na corte imperial. São Paulo: Companhia das Letras.

CORBIN, Alain (1987). Saberes e odores: o olfato e o imaginário social nos séculos dezoito e dezenove. São Paulo: Companhia das Letras.

CRESPO, Jorge (1990). A história do corpo. Lisboa: Difel.

DEL PRIORE, Mary (2003). O mal sobre a terra. Uma história do terremoto de Lisboa. Rio de Janeiro: Topbooks.

EDLER, Flávio Coelho (2009). A natureza contra o hábito: a ciência médica no Império. Acervo (Rio de Janeiro), v. 22, p. 153-166.

Exame químico da atmosfera do Rio de Janeiro, feito por José Pinto de Azeredo, doutor em medicina pela Universidade de Leyde, físico-mor, e professor de medicina do Reino de Angola. Jornal Enciclopédico (1790). Artigo I: História natural, física e química, março, p. 259-285.

FAURE, Olivier (1997). Les Stratégies sanitaires In: GRMEK, M. D. (Dir). Historie de la pensée médicale en Occident 2. De la Renaissance aux Lumières. Paris: Éditions du Seuil, p.279-296.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal (Biblioteca de filosofia e história das ciências, v.7), 1989.

FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.

FRANCO, Francisco de Melo (1814). Elementos de higiene ou ditames teoréticos, e práticos para conservar a saúde e prolongar a vida. Lisboa: Typografia da Academia.

FRANCO, Francisco de Melo (1994). Medicina teológica ou Supplica humilde feita aos senhores confessores, e diretores, sobre o modo de proceder com seus penitentes na emenda dos pecados, principalmente na lascívia, cólera e bebedice [1794] São Paulo: Giordano.

GERBI, Antonello (1996). O Novo Mundo: História de uma polêmica (1750-1900). São Paulo: Companhia das Letras.

KURY, Lorelai (2004). Homens de ciência no Brasil: impérios coloniais e circulação de informação (1780-1810). História, Ciências, Saúde — Manguinhos. v.11 (suplemento 1), p. 109-129.

KURY, Lorelai (2007). Descrever a pátria, difundir o saber. In: KURY, Lorelai B.. (Org.). Iluminismo e Império no Brasil: O Patriota (1813-1814). Rio de Janeiro: Fiocruz/Biblioteca Nacional, p.141-178.

KURY, Lorelai (2008). Rio de Janeiro: a cidade e os médicos no período joanino. In: SCOTT, Ana Silvia Volpi; FLECK, Eliane Deckmann (Org.). A Corte no Brasil: população e sociedade no Brasil e em Portugal no início do século XIX. São Leopoldo: Oikos/Unisinos, p. 119-134.

MAZZOLINI, Renato. G (1997). Les lumières de la raison: des systèmes médicaux à l’organologie naturaliste In: GRMEK, Mirko. D. (Dir). Historie de la pensée médicale en Occident 2. De la Renaissance aux Lumières. Paris: Éditions du Seuil, p. 93-115.

NIZZA DA SILVA, Maria Beatriz (1999). A cultura luso-brasileira. Lisboa Editorial Estampa.

Observações médicas de Antônio Araújo Braga (1983) in: FERREIRA, Alexandre Rodrigues. Viagem filosófica ao Rio Negro. Belém: Museu Paraense Emílio Goldi, Fundação Roberto Marinho.

PEREIRA, Ana Leonor; PITA, João Rui (1993). Liturgia higienista no século XIX. Pistas para um estudo. Revista de História das Ideias, v.15, p.437-545.

PINTO, José dos santos. Pina Manique e a saúde pública In: PINTO, José dos Santos; TAVARES, Adérito (Orgs.) (1990) Pina Manique: um homem entre duas épocas. Lisboa: Casa Pia de Lisboa, p. 35-47.

PITA, João Rui Et. al. (2005). O médico brasileiro José Pinto de Azeredo (1766-1810) e o exame químico da atmosfera do Rio de Janeiro. História, ciências, saúde—Manguinhos, v. 12, n. 13, p. 617-673, set-dez.

REIS, João José (2004). A morte é uma festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras.

ROSA, João Ferreira (1956) Tratado único da constituição pestilencial de Pernambuco In: MORÃO, ROSA e PIMENTA. Notícia dos três primeiros livros em vernáculo sobre a medicina no Brasil. Estudo crítico de Gilberto Osório de Andrade, introduções históricas, interpretações e notas de Eustáquio Duarte, prefácio de Gilberto Freyre. Pernambuco: Arquivo Público Estadual.

SANCHES, Antonio Nunes Ribeiro (1922). Cartas sobre a educação da mocidade [1760]. Coimbra: Imprensa Universitária.

SANCHES, Antônio Ribeiro (1757). Tratado da conservação da saúde dos povos. Lisboa: Officina Joseph Filipe.

SOARES, José P. Freitas (1818). Tratado de polícia médica. No qual se compreendem todas as matérias que podem servir para organizar um regimento de polícia de saúde, para o interior do reino de Portugal. Lisboa: Typographia da Academia Real das Sciencias.

VIGARELLO, Georges (1996). O limpo e o sujo: uma história da higiene corporal. São Paulo: Martins Fontes.

URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.