Resumo
Em 1969, o arquiteto Lucio Costa é convidado a preparar o plano para a Barra da Tijuca e a Baixada de Jacarepaguá, uma área de expansão da cidade do Rio de Janeiro. Semelhante ao processo de implantação do Plano Piloto de Brasília (1960) de sua autoria, Costa é chamado a responder a avaliações negativas sobre alguns de seus aspectos, entre eles, a questão das habitações sociais. Contudo, se em Brasília percebemos uma defesa quase incondicional e uma tendência a solicitar que se dê tempo para que floresçam aspectos positivos, no caso da Barra da Tijuca, o arquiteto se manifesta duramente contra o processo de urbanização da região. Nosso objetivo neste trabalho é refletir sobre as suas declarações em documentos e entrevistas, recuperando o debate que ocorre sobre a implementação do plano.Referências
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